Dia Internacional da Mulher Negra, Latino americana e Caribenha – 25 de julho.

As Mulheres Negras  exigem serem cidadãs: lutam pela democracia

Hoje , Dia  internacional da Mulher Negra , América latina e Caribenha .
No Brasil  as mulheres negras são  cerca de 25% da população e  tomam as ruas para denunciar a violência a que são submetidas diariamente no país e na América Latina.
 Conforme o  Atlas da Violência 2019, do FBSP, “75,5% das vítimas de assassinato em 2017 eram negros.

Pessoas negras ou pardas têm no Brasil 2,7 maiores chances de serem assassinadas do que os não negros. .

“De acordo com o Atlas, foram registrados 65.602 homicídios em 2017, sendo 35.783 jovens, a maioria negros, pobres e da periferia. Essa “política de genocídio corresponde a uma estratégia que tem se apresentado nas estatísticas de desemprego, de redução de investimentos em educação, saúde, moradia, e com a explosão da violência nos grandes centros urbanos”, .https://groups.google.com/forum/?utm_medium=email&utm_source=footer#!msg/legh/xFcfA_q1yn0/De0hUSLVCgAJ

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30º Simpósio Nacional ANPUH /Recife: o GT Estudos de Gênero reafirma seus objetivos !!!

Reuniu-se  na Universidade Federal do Recife,  no período de 15 -19/07/2019 ,  historiadoras/es para o  evento  – 30º Simpósio Nacional de Historia  / ANPUH que nesse ano  alcançou   numero  expressivo de trabalhos inscritos de todo o pais

Com a temática  “Historia e o Futuro da Educação no Brasil“, tivemos a oportunidade de conhecer pesquisas inéditas  com distintas  abordagens e perspectivas analíticas..

O GT Estudos de Gênero ANPUH Nacional( 2001 – 2019),  em seus 18 anos de criação, participou das varias atividades entre as Mesas de Debates , como os Diálogos Contemporâneos que introduziu questões relevantes :

  • Violência e transversalidade da cultura de gênero: Profªs. Lidia Possas/UNESP, Cristina K. Zanella/UFABC e Prof.. Losandro Tedeschi/ UFGD.
  • Gênero, mobilizações  e memorias: 40  anos da Lei da Anistia. Profªs.Ana Rita F. Duarte/UFC; Carla S. Rodeghero/UFRGS e   Prof. Ernesto Fagundes/UEPG.
  • Emoções, Memoria e Gênero. Profªs .Alejandra Oberti/UFA, Cristina S. Wolff/UFSC e Maria Izilda S. de Matos/PUC-SP

30º Simpósio Nacional de História

Publicação : Estudos de Gènero. Diversidade de Olhares em um mundo global – 12/2018

Publicação do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política – Universidade de Lisboa.

Organizadoras:

Anália Torres,Soraia  Dália Costa e Maria João Cunha,  com as comunicações apresentadas no I Congresso Internacional promovido pelo CIEG, Centro Interdisciplinar de Estudos de Género, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa).

Nesse evento promovido pelo CIEG, o único centro de investigação científica totalmente dedicado aos estudos de Género em Portugal e que obteve a classificação de Excelente atribuída no âmbito de uma avaliação  internacional promovida pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Participam da publicação pesquisadoras /es  de varias universidades e  contextos internacionais — Estados Unidos da América, Brasil, Turquia, Espanha, Reino Unido, Itália, Índia, Austrália, França, entre outros contribuindo  para o debate no âmbito dos estudos de género, feministas e sobre as mulheres, aprofundando questões teóricas e conceituais  para esse campo de  estudos numa perspetiva inter e multidisciplinar.
No eBook distribuíram-se os 28 textos por 10 temas que constituem desdobramentos das linhas de investigação do CIEG.

http://cieg.iscsp.ulisboa.pt/images/eBook/eBook_estudos_de_genero_diversidade_de_olhares_num_mundo_global.pdf

LIEG e a parceria: Projeto Educação para a Diversidade e Cidadania – UNESP

A presença da diversidade é um dos princípios básicos de cidadania e representa a efetivação do direito à diferença, criando as condições e ambientes em que as pessoas/estudantes  sintam-se inseridos  e possam agir em conformidade com seus valores individuais.

Nosso proposito em falar sobre diversidade e propor  que ela se efetive no espaço acadêmico é um dos princípios éticos que defendemos.  O  Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero/ LIEG da UNESP, campus de Marília  tem procurado enfrentar  todas as  formas de violência de gênero que excluem e rotulam os indivíduos. Para tanto fazemos parcerias com outros grupos/projetos visando  compartilhar de ações e atividades  que atuem nesse sentido  da inclusão social .

Os enfrentamentos são  diários  e estamos atentxs em somar com outras inciativas e projetos  que, simultaneamente, contemple e respeite as diferenças particulares dos indivíduos, embora as instituições, os currículos e os métodos educacionais tendam a ser homogeneizantes, fato que historicamente marca a educação institucionalizada e que excluiu – e ainda exclui – uma parcela significativa de educando.

Para nós, o Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero/ LIEG da UNESP não pretende criar foros  divergentes e segregacionistas como está sendo  ressaltado na FFC, com falas de docentes da direita que refutam  a presença de uma ” trindade maldita composta de estudos de raça, classe e  gênero”, de abordagens dentro desse espectro, ao referir a ‘ Gênero, Sexualidade e feminismos”( FOLHA    https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2019/07/professores-de-direita-do-pais-querem-se-unir-em-associacao.shtml ) .

Estamos com o pesquisadoras(es)  atentxs à temáticas que envolvem perspectivas da interseccionalidade  de gênero, raça, sexualidade e procuramos  nos referenciar com  argumentos e boa  fundamentação teórica  que  a  condução de nossa pesquisas ” exigem . Não  temos preocupações  de estar á ” esquerda”  e muito menos á direita, . como alguns desavisados querem constar.  A a matéria da FOLHA, com algumas  falas é esclarecedora sobre os  temas ainda considerados uma ”  trindade maldita”

Nosso trabalho e empenho é contribuir com  a produção  de conhecimento que liberte e garanta cidadania efetiva para todxs os indivíduos.

https://www2.unesp.br/portal#!/uab/cursos-de-extensao-universitaria/educacao-para-a-diversidade-e-cidadania/

Artigo de Patricia Hill COLLINS: O que é um nome? Mulherismo, Feminismo Negro e além disso!!!Womanism, Black Feminism

Relevante artigo da professora socióloga norte americana da Universidade de Maryland , que tem se  debruçado  sobre os   Estudos afro-Americanos  , principalmente sobre o movimento feminista negro e as distinções conceituais  que vieram distinguir a atuação de teóricas feministas negras  das comunidades negras em geral.

Collins   explica o “Pensamento feminista negro: consciência e a política do empoderamento”. Ver YOTUBE , sua explicação legendada. Patricia Hill Collins explica PENSAMENTO FEMINISTA NEGRO

A partir do  conceito de ” Mulherismo”  – womanism/ womanist and womanish,  introduzido pela escritora e  ativista feminista negra  Alice Walker ( 1983,  autora também da ” Cor Purpura “/1983. Premio  Pulitzer) e do artigo  In Search Our mothers Gardens”  que elaborou uma relevante reflexão diante das divergências  existentes , onde se inclui  o feminismo e a supremacia  branca nos EUA e uma luta contra o “ racismo sistêmico”. 

Referenciando outras autoras, acadêmicas negras , COLLINS, aprofunda a discussão sobre o feminismo negro e suas inconstâncias internas  diante da opressão de gênero , considerado uma categoria relevante das feministas brancas .

O texto pode ser lido no Cad. Pagu  no.51 Campinas  2017  Epub Dec 18, 2017

http://dx.doi.org/10.1590/18094449201700510018

RESUMO

O texto aborda as “diferenças e semelhanças” entre o mulherismo e o feminismo negro no contexto das tradições afro-americanas. A autora considera que esse debate reflete o desafio básico de acolher a diversidade das mulheres negras. Mas, por que o nome dado ao ponto de vista das mulheres negras é tão importante? Por que a busca por uma definição para explicitar o ponto de vista crítico das mulheres afro-americanas esconde muito mais do que revela, pois na busca de uma unidade conceitual deixamos de lado, ou perdemos a questão mais importante: compreender como as vozes das mulheres negras coletivamente constroem, afirmam e mantêm um ponto de vista auto definido e dinâmico.

Ver também

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Alice Walker. 2017             Patricia Hills Collins

Harvard pune professor após 40 anos de assedio contra varias mulheres

A Universidade Harvard, dos Estados Unidos, cassou o título de professor emérito do sociólogo Jorge Dominguez, especialista em estudos latino-americanos de sua Faculdade de Artes e Ciências e vice-reitor de assuntos internacionais da instituição entre 2006 – 2015, além de ser  proibido dar aulas e participar de eventos em suas instalações.

A punição ocorreu após  muitas denuncias  de  docentes, estudantes, funcionarias  e so obteve êxito  com a instalação de um processo de investigação  que  concluiu sobre a pratica de comportamentos abusivos. E assediou sexualmente pelo menos 18 alunas e funcionárias ao longo das últimas quatro décadas.

Entre as mulheres que o denunciaram se encontra  a cientista politica Terry Karl, quando era professora assistente em Harvard e hoje professora emérita em Stanford. O professor  em 1983 foi punido com  suspensão por 3 anos , mas continuou  no âmbito universitário em sua carreira. a carreira. Quanto a Karl, um dos  dirigentes sugeriu que ela deixasse a universidade , prometendo   um  cargo  em YALE. ” Nunca fui apoiada pela universidade , nem na época, nem agora”

A universidade também prometeu investigar o comportamento de seus dirigentes, em meio a críticas de que o pesquisador foi mantido nos quadros de Harvard e até promovido apesar de repetidas denúncias de assédio.

A  noticia na integra está na revista PESQUISA FAPESP, Junho/2019, Ano 20, N.280, pag.10

A historia de Zoilamérica – a Exilada: um documentário sobre o abuso sexual

A diretora  nicaraguense Leonir Zuñica , também exilada devido ser alvo de perseguições, durante o governo  autoritário de Daniel Ortega que se perpetua no poder,   conduziu o filme “ Exilada”  a partir das  narrativas de Zoilamérica  que foi abusada sexualmente desde  os 11 anos de idade   pelo  padastro, o próprio  Daniel Ortega, marido de sua mãe, Rosario Murillo.   Ela o  descreve  como um homem considerado um deus para seus seguidores e ressalta que foi responsabilizada pela mãe pelos abusos que sofreu e pressionada a permanecer em silêncio. Casos de estupro eram  para o ditador  um assunto de família  e deveria permanecer restrito à esse grupo e não ao publico .

Zuñiga se preocupou durante as filmagens  em não transformar o documentário em uma   ” denuncia”‘, mas  para evidenciar  como o preço de um silêncio   marcou a vida da jovem nicaraguense: .

Não queria transmitir a ideia de que não vale a pena denunciar”, diz Zuñiga. “Ela viveu coisas muito duras, mas ter ficado em silêncio teria sido pior do que tudo que ela teve que suportar depois

Zoilamérica Murillo em cena do documentário 'Exilada'.

Zoilamérica Murillo em cena do documentário ‘Exilada’

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/06/filme-aborda-abuso-sexual-de-enteada-por-ditador-da-nicaragua.shtml

 

LIEG participa da mesa “Desafios no enfrentamento à violência doméstica e à ideologia de gênero”

No último dia 7 de maio a aluna de doutorado Camila Rodrigues da Silva participou da Mesa “Desafios no enfrentamento à violência doméstica e à ideologia de gênero” juntamente com a promotora de justiça Fabiana Dal’Mas do Ministério Público e como debater prof. Juarez Xavier. O evento foi organizado pelo CEDEM (Centro de Documentação e Memória da UNESP).

#precisamosfalardegenero #falaciadeideologiadegenero

 

Precisamos falar de Gênero na Escola!

A aluna de doutorado pelo Programa em Ciências Sociais da UNESP/MARÍLIA, Camila Rodrigues da Silva,  leciona aulas de Sociologia e Geografia na E.E. José Ambrósio dos Santos e por meio de projeto Interdisciplinar levou o debate de Gênero para a escola.

A I Semana da Mulher da E.E. José Ambrósio dos Santos – “Mulheres emPODERadas” teve como objetivo desenvolver ações de prevenção e conscientização a partir de um trabalho educacional de humanização, respeito e informação, nas quais homens e mulheres devem caminhar juntos rumo a igualdade de direitos e de oportunidades.

A temática abordada para o ano de 2019 – “Misoginia: da decadência ao empoderamento” teve como objetivo ressaltar que, por muito tempo ser mulher era sinônimo de não ter direitos e assim, elas não podiam estudar, trabalhar, votar ou se interessar por qualquer assunto que não fosse cuidar de filhos e dos deveres domésticos. Felizmente, ao longo da história, muitas mulheres deixaram e deixam importantes contribuições sociais, culturais e científicas à humanidade.

Como encerramento da Semana foi proposta uma Exposição temática, envolvendo mulheres de destaque na história.

A Exposição pôde ser visualizada na própria escola, na Diretoria de Ensino de Marília e na UNESP/Marília!

 

Cronograma de Ações

  • Explicação do Projeto aos estudantes;
  • Pesquisa biográfica na SAI de cada personalidade feminina, previamente selecionada dentro de cada disciplina (Sociologia, Filosofia, Português e História);
  • Formatação da pesquisa biográfica dentro dos moldes pré-estabelecidos (Regras ABNT);
  • Acompanhamento do professor responsável;
  • Roda de conversa DSTs Aids, gravidez na adolescência.
  • Exibição e discussão do Filme: “Eu não sou um homem fácil”;
  • Apresentação sala a sala dos cartazes sobre as personalidades femininas;
  • Palestra Violência de Gênero Coletivo Feminino de Marília;
  • Abertura Oficial da Exposição – cartazes das personalidades femininas aberta ao público;
  • Encerramento da Semana da Mulher com coquetel.

O projeto teve caráter interdisciplinar e além de envolver as disciplinas de humanidades em sua realização, envolveram as demais disciplinas nas seguintes tarefas:

  • Disciplina de Artes: Apresentar e analisar o papel e a representação da mulher na linha do tempo, tendo como processo de criação a elaboração de cartazes.
  • Disciplina de Matemática: Apresentar dados estatísticos sobre violência contra a mulher (violência doméstica, feminicídios)
  • Disciplina de Química e Biologia: Apresentar informações sobre gravidez na adolescência, DSTs, etc.
  • Disciplina de Educação Física: Apresentar a participação das mulheres no esporte do decorrer da linhagem histórica.