Violência de gênero no contexto da lusofonia – Portugal e as retornadas

No próximo dia 15/10, quinta-feira, às 14hs, acontecerá, via Google Meet, o debate “Violência de gênero no contexto da lusofonia – Portugal e as retornadas”,  promovido pelo LIEG – Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (LIEG)/ UNESP/Marília e pelo IPPMar – Instituto de Políticas Públicas de Marília/SP.

O debate contará com a presença de duas profissionais portuguesas, que discorrerão, tendo como recorte a questão do gênero, a problemática das pessoas denominadas “retornadas”, como são chamados os imigrantes da África Portuguesa que na época pós movimentos de libertação colonial nos anos 1990 foram obrigados a abandonar a região africana e retornar ao seu país de origem.

INSCREVA-SE A PARTIR DO FORMULÁRIO:  https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfIEOfD1-NcCyiCJNmMM1fLtSOd5RNw21sjZIl96m8QrMGonA/viewform?usp=sf_link

 

Conferência de Abertura do IV Encontro Nacional – GT Estudos de de Gênero Anpuh – 30/11/2020

É com imenso prazer que anunciamos nossa Conferência de Abertura!
E como primeira e ilustre convidada, temos o prazer em receber Heloísa Buarque de Almeida: doutora em Ciências Sociais pela UNICAMP e que, atualmente, trabalha como professora da USP, no Departamento de Antropologia. Seus estudos têm ênfase em: gênero, mídia, marcadores sociais da diferença, família, corpo e violência de gênero. Também faz parte da “Rede Não Cala” – rede de professoras pelo fim da violência sexual e de gênero na USP.
Esperamos todos, dia 31/11, às 20h!
Não esqueça de se inscrever no link: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/index.asp…

Há perspectivas de vivermos ditaduras ou estamos vivendo uma onda de desdemocratização?

Um estudo da DeMaX (Democracy Matrix). que avalia itens de Liberdade , Igualdade e Controle Legal   em 179 países, desde 1900, demonstra que não houve golpes militares e instalação de Ditaduras formais , mas de regimes Híbridos  que mesclam democracia com autocracia.

Segundo Hans-Joachim Lauth (  Professor da Universidade  de Wurzburg) , Alemanha a ” democracia estagnou, mas o retrocesso não leva ao surgimento de ditaduras”.

A Índia considerada até então ” a maior democracia do Mundo , perdeu seu status em 2019 , inaugurando  um exemplo tipico de de ” desdemocratização”. “Com uma população de 1.366 bilhão de habitantes entrou na rota  autocrática com a perda de liberdade religiosa  repressão à protestos, violação dos direitos humanos  e crise de coalizão com o Judiciário.

Mais de 107 países  perderam a qualidade democrática, sendo que o  Brasil se encaixa  em um dos  principais exemplos  da onda de desdemocratização, ao lado da Hungria, Turquia e Servia.

Os países considerados pelo  estudos como sendo TOPS  da democracia são; Dinamarca, Noruega, Suécia, Alemanha, Holanda  , sendo os que tiveram  maiores perdas de pontos a Bolívia, Sudão, Benin, Nigéria e a Índia.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/09/mundo-vive-onda-de-desdemocratizacao-afirma-estudo.shtml

 

 

 

 

Projeto Educando para a Diversidade /UNESP convida para Seminário de Debates ” Universidade e Diversidade” : Inscrições abertas

O Projeto Educando para Diversidade convida a toda a comunidade acadêmica (Ouvidorias, Coletivos, Servidores, Discentes, Pesquisadores, Educadores) para a participação no Seminário de Debates Universidade e Diversidades cujo propósito é construir um espaço coletivo de debate e compartilhamento de experiências no trabalho com o enfrentamento às violências e desigualdades no ambiente universitário;
Serão quatro encontros em que serão debatidos os temas relacionados à formas de enfrentamento e combate às diferentes formas de  racismos, assédios, discriminações e exclusões que atravessam as relações no ambiente social e universitário.  A partir dos relatos e debates o propósito é construir protocolos (normativas, procedimentos, indicativos) para o enfrentamento às violências e desigualdades a serem reunidos em um documento amplo para consulta da comunidade acadêmica.Os debates serão transmitidos pelo canal oficial da Unesp no youtube. O link de acesso aos debates serão enviados aos inscritos por e-mail.

Em breve divulgaremos mais informações sobre a página do evento.   Período de inscrições: 10 a 20 de setembro   Link s: https://forms.gle/JZekY6HttK42hwiy5

 

Inscrições abertas para IV Encontro Nacional do GT de Gênero da ANPUH/SP

Estão abertas as inscrições para participação e apresentação de trabalhos no IV ENCONTRO NACIONAL DO GRUPO DE TRABALHO ESTUDOS DE GÊNERO – ANPUH/SP – Espaços e caminhos dos Feminismos: História, diversidade e resistências.

O evento acontecerá de forma online nos dias 31/11, 01 e 02/12 de 2020.

ATENÇÃO AOS PRAZOS DE INSCRIÇÃO:
19/10 – APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS EM SESSÕES
TEMÁTICAS.
13/11 – PARTICIPAÇÃO EM MINICURSO e OUVINTES.
Inscrições e informações sobre a programação, as sessões temáticas e os minicursos estão no link abaixo:

http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/principal.asp

 

Primeiro romance escrito por uma mulher árabe ” Damas da Lua” vence o Internacional Booker Prize

A autora do livro,  Jokha Alharti é  originada de Omã, pais da Península  Arábica. Seu romance  alcançou uma das honrarias literárias de maior prestigio do  Reino Unido – o  prestigioso Man Booker International Prize.. Intrigada com a sua  proposta e o interesse em conhecer um pouco mais sobre as mulheres no mundo árabe comecei a leitura. Ela  expõem as tradições  quase extintas da região  e, faz uso das memorias para criar seus personagens , moradoras e moradores  em  três gerações  de uma povoação fictícia, vila de al-Awafi, próxima a capital, Mascate.

Sua perspectiva de gênero  expõe personagens masculinos melhor sucedidos  do  que os femininos, embora ambos podem sair derrotados em suas empreitadas. .

O passado e o presente contemporâneo circulam em sua narrativas, e dentre  dentre os 30 personagens, sendo a maioria mulheres, a  feminilidade é representada e ajustada às mudanças politicas, econômicas e culturais do país. Ela observa à todxs e capta as emoções e as subjetividades de cada um , a partir de vários ângulos que expressam  situações distintas diante da vida. Ela mesma ressaltou:” a felicidade  e completamente diferente de pessoas a pessoa”.

A ficção se aproxima da realidade com uma linguagem  apropriada que nos toca e nos faz participar da jornada.

https://mundohype.com.br/damas-da-lua-de-jokha-alharthi-fala-sobre-o-oma-moderno-e-as-perdas-e-amores-de-uma-familia/

 

 

Universidades Inglesas : Chegou a hora de rever seus processos de reclamação por má conduta sexual para proteger seus alunos!!!!

As Universidade da inglaterra  diante da Ementa de Lei das Relações Raciais ( 2000)  que exigiu que todas as instituições  do setor público elaborassem planos de ação sobre a igualdade racial e  outras leis que vieram – Lei da Igualdade ( 2010)- exigindo  que políticas diversas confluíssem para um documento:  o  Plano  Único de Igualdade.

Essa regulamentação levou as Universidades a contratar agentes  de diversidade para implementar  estratégias e ações que viessem enfrentar as questões de Raciais e de Gênero.

https://www.theguardian.com/education/2020/mar/13/universities-traumatise-student-sexual-misconduct-survivors-by-mishandling-cases

Segundo Sara Ahmed, em seu livro Vivir una Vida Feminista,  2018 ela narra a experiência que enfrentou na Universidade de Goldsmith, como uma das contratadas e não foi  positiva, o que a levou a pedir seu desligamento  do cargo que exercia, justamente  para dar suporte à politica de enfrentamento  da Diversidade e o Assedio Sexual. .

O trabalho com a diversidade é descrito, por ela, como uma sensação de enfrentar  algo que não se move; é sólido e  que bloqueia os esforços, embora as  tarefas  sejam o cobradas .( ela se apoia na imagem de um muro de tijolos que todos os  dia é preciso enfrentar e bater a cabeça.). Reforça que : Existe o desejo da instituição de institucionalizar a diversidade porém  propor a ideia não significa que ela esteja receptiva. Muitas vezes o que foi proposto não funciona sendo preciso averiguar e constata-se que há mecanismos que impedem a transformação do sistema. Ela descreve como um “trabalho de fontenería institucional  ( enganamento institucional) “ ( AHMED, 2018, pag. 139)

Students attempting to report staff sexual misconduct have found that the process was lengthy, traumatising, and ultimately failed to keep them safe.

Students attempting to report staff sexual misconduct have found that the process was lengthy, traumatising, and ultimately failed to keep them safe. 9Photograph: Astrakan Images/Alamy Stock Photo/Alamy Stock Photo Tradução livre:Os estudantes que tentaram denunciar a má conduta sexual dos funcionários descobriram que o processo foi demorado, traumatizante e, finalmente, não conseguiu mantê-los seguros.)https://www.theguardian.com/education/2020/mar/13/universities-traumatise-student-sexual-misconduct-survivors-by-mishandling-cases

No Brasil .enfrentamos uma situação semelhante e com  muitas resistências. O Sistema de Cotas  sistema de cotas tornou-se conhecido em meados dos anos 2000, inicialmente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ),. enda esta  a primeira universidade do país a criar um sistema de cotas em vestibulares para cursos de Graduação  e pela   Lei nº 12.711/2012,  veio a exigência  de “ reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. As cotas raciais so foi implantada em  2014, diante dos movimentos sociais e do feminismo negro.

Ainda há muito que lutar para que todxs e todes tenham o lugar como cidadãos na Unvresidade Pública Brasileira.

Estudos de Gênero em Tempo de Epidemia./LIEG – Livro de Sara Ahmed .

LIEG – UNESP prossegue com as atividades programadas  neste 1º Semestre/2020, com a leitura do livro  de Sara AHMED, Vivir una vida feminista, Barcelona , 2018.. .

A autora  atualmente trabalha em centros e institutos sobre mulheres e feministas, na Inglaterra, desde a decada de 90, colaborando também com universidades americanas, Em 2016, renunciou ao cargo de Diretora do Centro de Pesquisa Feminista da Goldsmiths  College, em Londres em protesto à denúncias de Assédio Sexual de estudantes, que não  foram levadas  à contento,

Em seu bloc  deixou  uma questão  que vem ao encontro de nossas preocupações  feministas do LIEG,  sobre a Violência de Gênero, os abusos de poder  no espaço acadêmico onde segundo a Ahmed  há  indiferença das  instituições e o papel  de outsider de quem denuncia:

O que acontece quando alguém de uma instituição reclama de más práticas, violação de direitos ou abuso de poder? Nesta palestra, a escritora feminista Sara Ahmed explorou o como aprendemos sobre abusos de poder por parte de quem faz reclamações sobre esses abusos. Ela considera como fazer uma reclamação  e essa pessoa que reclamam acabam atrapalhando a felicidade institucional. Fazer uma reclamação também requer se tornar um mecânico institucional: você precisa descobrir como obter uma reclamação através de um sistema. A palestra explora como é difícil desvendar as experiências que levam à reclamação e as experiências de reclamação, e reflete sobre o papel das redes e intimidação”

Bloc de Sara Ahmed   – https://www.saranahmed.com/

A reunião ocorrerá no dia 21/05 com a participação da Drª Gabriella  Marques,  docente da Universidade Estadual de Santa Catarina/UDESC, para debatermos o Capítulo 2 – De cómo nos dirigen. In: AHMED, Sara. Vivir uma vida feminista.,  p. 69-95.

Divulgaremos o link da Reunião n no dia 20/05.