Manual orientando sobre a Diversidade – 2018 Diretoria de Promoção de Direitos LGBT

Um material bem organizado  didaticamente pela  Diretoria de Promoção de Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais ligada a Secretaria Nacional de Cidadania  visando indicar  leituras simples e cotidianas para exemplificar os temas, que diz  respeito a conceitos básicos, questão de saúde e , principalmente questões de gênero acompanhado de uma reflexão mais aprofundada sobre como tratar pessoas LGBT.

A proposta se coloca diante dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, acordada pela Assembleia Geral das Nações Unidas/ONU  em 1948,  os 49 anos das manifestações violentas e espontâneas de membros da comunidade LGBT  conhecida pela Rebelião  Stone Wall  contra polícia de Nova York ocorrida em 28 de junho de 1969, e os 31 anos da Constituição Brasileira  de 1988,

Dentre as  questões apresentadas uma delas se  confirma: A Homossexualidade não é doença!!!

“A homossexualidade foi retirada da relação de doenças pelo Conselho Federal de medicina, em 1985, e o Conselho Federal
de Psicologia, por sua vez, determinou, em 1999, que nenhum profissional pode exercer “ação que favoreça a patologização de
comportamentos ou prática homoeróticas””.A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto

SUMARIO

INTRODUÇÃO
8. LEGALIDADE E DISCRIMINAÇÃO
9. SEXUALIDADE
10. GÊNERO
12. O QUE É IDENTIDADE DE GÊNERO
13. ORIENTAÇÃO SEXUAL
19. CAMPANHA DEIXE SEU PRECONCEITO DE LADO, RESPEITE AS DIFERENÇAS
21. DICAS DE COMO TRATAR BEM
25. UMA POLITICA TRANSVERSAL COM MINISTÉRIO DA SAÚDE
26. CONHECENDO A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL LGBT
27. PROCESSO TRANSEXUALIZADOR NO SUS
29. NOME SOCIAL
37. NORMATIVAS QUE ABORDAM TRAVESTIS E TRANSEXUAIS
40. NORMATINAS NA ÀERA DA SAÚDE
41. PUBLICAÇÕES E OUTROS MATERIAIS SOBRE SAÚDE DAS PESSOAS TRANS PRODUZIDOS PELO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
42. UM CONVITE A AÇÃO
Cartilha “ PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DE PESSOAS LGBT NO MUNDO DO TRABALHO
– Construindo a igualdade de oportunidades no mundo do trabalho: Combatendo a
homo-lesbo-transfobia” da OIT / UNaids / PNUD.
50. CONHECENDO ALANA
58. CONHECENDO RONALDO
66. CONHECENDO MEIRE
73. CONHECENDO CARLOS
82. FAZENDO ACONTECER

O Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero /LIEG – UNESP retomará as atividades

O Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero/LIEG , da UNESP, campus de Marília retomará suas atividades  com o  Grupo de Estudos  com leituras  de artigos selecionados e debates no dia 9/04 a partir das 14:00 .Outras ações serão desenvolvidas como Workshop e  cinema.

Local : UNESP/ Campus2 , situada na Vicente Ferreira em Marília. Logo divulgaremos o Cronograma para o 1º Semestre /2019.

 

cover photo, A imagem pode conter: árvore, céu, planta e atividades ao ar livre

As Fraternidades nas Universidades americanas provocam mortes durante os Trotes!!!

Trotes violentos praticados pelas  Fraternidades nas Universidades americanas provocam mortes !!!

São a associações, grupos  existentes desde o sec. XIX,( formados por estudantes  brancos e heteros)  possuem , ainda hoje  normas e praticas de  ingresso para os  estudantes calouros  com exigências e o  cumprimento  de  ” ritos de passagem”  (  Veja  a matéria “Universitário de Harvard relata quais códigos de aceitação (e rejeição) regem as associações estudantis nos Estados Unidos” – https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1410200727.htm ) .

, “Elas ainda são constituídas por pessoas que moram juntas e criam regras, organizam festas, guardam rituais secretos -e bebem muito. São supervisionadas por grupos de formados que fazem questão de manter vínculos com a universidade em que estudaram” Para os calouros  exigem provas de virilidade masculina., As minoria sociais  em épocas pretéritas ( os  negros e indígenas)  eram excluídos do Ensino Superior. Atualmente com a ampliação dos direitos de cidadania  à todxs  vemos  a sua presença  no meio acadêmico, embora a  feminina nesses grupos ainda é negada .

No dia 23/02/2019, o estudante Marlon Jackson morreu devido a colisão com um carro em Smyrna/Delaware, apos ficar  horas sem dormir  em  cumprimento a privação de sono, durante um trote, executando  as  ” missões” a serem cumpridas  e delegadas  pela  Fraternidade  KAPPA ALKPHA PSI.      São varias as denuncias de mortes provocadas por essa atividades ” proibidas” mas que permanecem no  espaço das  Academias. Fotografias e trabalhos de profissionais   registraram vários desse momentos , sem que as Universidades tomam medidas legais suficientes, , uma vez que elas  elas não querem ” prejudicar ”  e perder uma fonte de renda ( subvenções de ex- alunos das fraternidades).

Enfrentar esse tipo de comportamento  e mudar a mentalidade existente  exige que seus membros aceitem abandonar os ” trotes”  e colaborem  para outras maneiras e ações Em 2010,  mais de 49 estudantes morreram  em trotes violentos  .   Fonte: Kank Nuwer,

LIvro: The American Fraternity: An Illustrated  Rital Manual do fotografo Andrew Moisey na University Cornell.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/mortes-em-trotes-poem-em-xeque-fraternidades-nos-eua.shtml .

 

Marlon Jackson, 23, que bateu com o carro em que estava com três amigos após ficar 24 horas sem dormir, segundo a família, devido a trote da fraternidade Kappa Alpha Psi

Equipes de socorro trabalho no acidente que matou Marlon Jackson, 23, no estado Delaware

 

XIV Semana da Mulher : Direitos Humanos. LGBT, Educação para a Igualdade de Gênero

Trata-se de um evento de natureza acadêmico-científico, multidisciplinar com  objetivo apresentar e debater estudos sobre a temática da mulher e das relações sociais de gênero  visando como público:estudantes dos cursos de Graduação e de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia e Ciências-UNESP/Campus de Marília, de outras Instituições de Ensino Superior, professores(as) de todos os níveis de ensino e comunidade em geral.  Conta com o apoio de varias instituições como do  Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero – LIEG/UNESP

Sera Realizada no período de : 09/04/2019 a 11/04/2019 na FFC/UNESP , campus de Marília
Local: FFC-UNESP-Marília
Coordenação: Profª. Tânia Suely Antonelli Marcelino Brabo
Promoção: Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania de Marília

Procurando entender a violência no caso de Suzano : o mito da Virilidade como armadilha para os dois sexos!!!

O livro da francesa Olivia Gazalé ( cientista  política e filosofa) ” Le Mythe de la Virilité- um Piege pour les Deux Sexes” procura entender  como a dominação masculina foi fabricada moldando a sua virilidade extrema e colocando a mulher em uma posição de subalternidade/inferioridade

Reconhecemos que o movimento hastag # Me Too provocou  uma mudança significativa ao colocar um novo paradigma  na relação entre os sexos. Enfrentar os estereótipos sejam femininos e masculinos é uma tarefa que se coloca  com urgência  mesmo diante dos sérios  desafios  que o contexto conservador se empenha em manter  como o modelo da família patriarcal  e das relações sexuais. A emancipação feminina , cada vez mais atuante e difusa  veio perturbar o mundo do trabalho e principalmente o espaço politico. Vivemos um paradoxo onde a força (  a virilidade ) perdeu o valor, embora  a violência é perpetuada  e valorizada.

O caso da violência ( massacre) praticado por dois ex-alunos da escola de Ensino Fundamental e Media, Suzano em  São Paulo( 13/03/2019)  evidencia a exacerbação  de uma virilidade como performance de uma  masculinidade  que ser quer alcançar, o  estereotipo de heroísmo e de poder exacerbado que é constantemente resignificado ,  incentivado. Os jogos, GTAs são um exemplo de como crianças e jovens são estimulados para esse desempenho.  Lamentamos o trágico incidente e insistimos que uma educação de qualidade passa pelo entendimento das relações de Gênero que  permeia todos os espaços da vida social e que no momento  assume um caráter politico , apesar das resistências dos governos e de partidos políticos conservadores.  .

Olivia Gazalé

Guilherme Taucci faz pose igual à do personagem Tate, da série ‘American Horror Story’, que é uma referência aos atiradores de Columbine (Facebook/Reprodução/FX Networks/Divulgação)

Mulheres sofrem assedio !!! Enfrentando a violência em espaços de trabalho e estudantil.

São inúmeros as denuncias de casos de assedio à mulheres  em ambiente de trabalho e universitário. Os casos estão vindo à toma com a conscientização e resistências  que vem gerando a organização de coletivos em redes midiáticas.

Segundo reportagem da Carta Capital  ” em março do ano passado, mais de 50 repórteres esportivas lançaram o manifesto e a campanha #DeixaElaTrabalhar, ” diante do  assédio sofrido por jornalistas  ao  fazerem a cobertura esportiva . A criação dessas redes de apoio e denuncia vem aumentando  como #JornalistasContraOAssédio.

O movimento hastag   #MeToo – ganhou densidade e  espalhou-se  em varias mídias sociais como o Twiter e Facebook , em 2017 diante das alegações de assedio sexual contra o produtor de Hollywood contra  as mulheres na indústria de cinema.

Esse tipo de rede demonstrou que possui  força  ao enfrentar a violência sexual ( assedio, agressão, estupro e as formas sutis de poder) e apoiar as(os) sobreviventes  que passaram a compartilhar suas experiências e  fortalecer as agencias com suas demandas. Nos EUA e também no Reino Unido o movimento #MeToo introduziu a questão de má conduta sexual nos espaços de Ensino Superior   e vem mobilizando pessoas em  outros países inclusive o Brasil.A questão levou um  estudante (  24/10/2017-RAYA SARKAR)  da Universidade da Califórnia   a  criar  uma lista de Assediadores Sexuais na Academia-  a LoSHA, com nomes de professores indianos  nas Ciências Sociais e Humanas que em poucas horas ganhou uma dimensão  provocando desafios éticos e intelectuais nesse percurso.

As respostas das feministas ao sexo e poder nas Universidades em varias parte do globo,  repercutiram  de tal maneira que  estão obrigando as instituições a conter os abusos e criar estrategias institucionais de  combater qualquer forma de violência sexual seja existentes nas relações verticais ( professor /aluna(o) como as horizontais ( violência intimas entre pares).

O LIEG, Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero da UNESP, campus de Marília estamos  com uma pesquisa de campo sobre o tema em três  campi visando  a produção  intelectual de  saberes e de  vozes que foram subalternizadas pelo silêncio estrutural de uma sociedade patriarcal (  RIBEIRO, Djamila.  2017, p. 63).  Nossa proposta e criar estrategia de superação  em parceria com  a Ouvidoria /UNESP.

No mês das mulheres, historiadora lança livro sobre conflitos da viuvez. Anos 60 – 80.

Qual imagem vem à cabeça quando se fala de uma mulher viúva? Foi com este e diversos outros questionamentos que a historiadora Lidia Possas passou a conviver com a morte do marido, em 2006. O livro “O Enigma das Viúvas” que será lançado no mês das mulheres, em Bauru, despontou desta experiência pessoal e alcançou a vivência de outras viúvas dos anos 60 a 80, não só no Brasil, mas na Argentina.

https://www.jcnet.com.br/Geral/2019/03/no-mes-das-mulheres-historiadora-lanca-livro-sobre-conflitos-da-viuvez.html

Escritora nigeriana ressalta: Hoje todos devemos ser feministas!!!

Chimamanda Ngozi Adichie. Ngozi Adichie, escritora nigeriana ( 1977), autora de livros aclamados como Meio Sol Amarelo e Americanah diz não se interessar por  teorias,  e sim pela “tessitura da vida”.  Desde cedo interpretou o seu lugar, o vivido  onde as relações , sempre conduzidas pela misoginia a levou a se posicionar.

A conheci , pela internet, quando ministrava uma disciplina de Introdução à  Historia( 2010)   para o Curso de Graduação de Relações Internacionais/UNESP, campus de Marília. Sua fala refletia sobre como  a produção da Historia,  passa  pela olhar de que escreve e de suas intenções;  Sua palestra: O perigo de uma história única(2009-,https://www.youtube.com/watch?v=EC-bh1YARsc)  foi assistida por milhões pessoas  e nela o  alerta sobre os estereótipos que confundem, que excluem

Em 2012, devidamente situada no tempo, escreveu Todos devemos ser feministas, que  alcançou grande  sucesso . A palestra, sobre feminismo e discriminação sexual, atraiu artistas, como Beyoncé, que usou parte do texto para um das canções de seu disco Lemonade. O lema  foi convertido em em livro (publicado no Brasil pela Companhia das Letras com o título Sejamos Todos Feministas). Recentemente publicou uma continuação: Para Educar Crianças Feministas, um livro-carta dirigido a uma amiga que lhe perguntou como inculcar em sua filha os valores feministas.

Chimamanda prossegue defendendo suas ideias em um mundo que  a cada dia  se polariza, se faz violento  e com discursos de ódio…Em uma entrevista dada ela fez questão de enfatizar:  ” para o meu feminismo se trata de um aprendizado, de uma viagem constante, de pensar em como fomos socializados e qual é meu lugar no mundo. Também precisamos trabalhar com os homens, ensiná-los. A masculinidade é uma coisa terrível, é violenta para eles. Sempre digo a meus amigos que eu nunca recebi este  comunicando que era um ser inferior

Entrevista:  El Pais – Brasil ., por CLAUDIA SALAZAR JIMÉNEZ em 11/10/2017

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/01/cultura/1506882356_458023.html?%3Fid_externo_rsoc=FB_BR_CM&fbclid=IwAR1n7q_eQGlHLArHjEOVOezCuIuLDPPeqQY1msZkMHJpPRxPpPmIGfgZ1N0emora