Igualdade entre os sexos era ideia defendida por filósofos africanos

O filosofo etíope YACOB, Zara(1599 – 1692) da cidade de Axum, capital do norte da Etiópia  e AMO, Anton (1703 – 1755) nascido em Gana possuiam ideias que  antecederam  a primazia da Razão, da necessidade  de  Investigação  como principio do conhecimento  do  Iluminismo do sec XVIII.

Suas obras ficaram em silencio até serem descobertas e divulgadas.

Yacob defendia  a igualdade  entre os seres humanos, homens e mulheres e  o papel delas no casamento; era contra a escravidão e  fazia severas critica as religiões  e doutrinas  existentes em sua época ( judaísmo, cristianismo, o ilã, e religiões indianas)  combinando com a sua crença pessoal de um criador divino.

AMO, após ser vendido como escravo chegou a Amsterdã onde foi batizado recebendo uma educação esmerada e chegando a lecionar disciplinas na Alemanha. Considerado representante da Renascença africana, foi um dos africanos, raros que alcançou sucesso da Europa do sec. XVIII.

Viveu cem anos depois de YACOB, mas suas ideias eram contra a escravidão, promovendo  um debate sobre  pratica na Europa. Apresentava argumentação iluminista em favor do sufrágio universal.   HUME( 17111-1776) defendia a superioridade do branco , escrevendo que “ não havia nação civilizadas senão a branca”. KANT, VOLTAIRE também  eram a favor da escravidão e achavam que os africanos eram inferiores.

http://m.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/12/1945398-os-africanos-que-propuseram-ideias-do-iluminismo-antes-de-locke-e-kant.shtml?mobile

CNE delibera : ultima versão para Plano Nacional Comum do Ensino Básico. Gênero incluído na área de Ensino religioso. O que isso representa?:

Mais uma vez a Educação Brasileira de vê diante um aspecto polêmico:  a  discussão de gênero e sexualidade que vinha avançando nas escolas  por orientação de Planos de Ensino distintos,passou a ser inserida  em uma recém-criada área :  a do  ensino religioso.  A indicação é que a partir  do 9º ano (15 anos)  jovens deverão discutir o tema segundo “diferentes tradições religiosas e filosofias de vida”. Sendo a lei aprovada  as praticas de  políticas pedagógicas serão orientadas por critérios de ordem nacional, suspendendo as prerrogativas assumidas pelas planos específicos de cada cidade e estado. ” Após a aprovação do Conselho Nacional de Educação – ao menos 60% da pedagogia nas escolas deverão seguir a orientação nacional. Aproximadamente 50 milhões de estudantes serão afetados.

Para nos pesquisadores e estudantes de todo o país que atuam no campo dos estudos de gênero vemos essa medida como  um grande retrocesso na luta pelos direitos e  acesso á cidadania.O Juízo de valor tornou-se preponderante diante da razão.

“Brasil Mulher”, considerado um marco da luta feminista e da resistência à ditadura militar no país.

Em 1975, como o Ano Internacional da Mulher, declarado  ONU,  foi criado o jornal Brasil Mulher ( editado entre 1975-1980.) em pleno contexto da ditadura militar que expunha  formas de repressão sem limite, e onde grupos  segmentados da sociedade  se  organizaram  cada vez mais  para  lutar  contra o governo e ao mesmo tempo buscar respostas para outras  demandas  como o  alto custo de vida, a necessidade da  criação de creches  e o urgente reajuste salarial de acordo com a inflação. Foi ele  o ” primeiro da imprensa feminista naquela época”,segundo  Rosalina Santa Cruz Leite, militante e ex-presa política.

Terezinha Zerbini e  Joana Lopes, propuseram  a criação  de um jornal  que além de outros temas  colocasse em cena a questão das mulheres . Assumir o termo  de ser ou não um jornal ” feminista”  provocou incidentes e  conflitos entre as aderentes uma vez que , segundo” Amelinha”, como é conhecida hoje, (Maria Amélia de Almeida Teles, militante do Partido Comunista do Brasil /PCdoB)  uma  de suas  colaboradoras, era  ” um termo pejorativo, ridicularizado e amedrontador também. Muitas mulheres tinham medo de se declararem feministas e serem mal vistas até pelos homens de esquerda, porque havia uma rejeição enorme”.

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