Homossexualidade ainda é crime em muitos países!! Leis de descriminalização avançam …

Ser  homossexual ainda é ” crime” em muitos países !!  Uma legislação rígida  pune com prisão e  pena de morte. Gays,  lésbicas e transexuais ainda são tratados como criminosos. É a chamada “homofobia de Estado”.

O Trabalho da Associação internacional/ILGA (International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association) é monitorar  leis relacionadas ao tema há 12 anos e até o ano passado registrou  a sua existência em 71  países onde as relações entre pessoas do mesmo sexo são consideradas crime.

A Índia  conforme informa a ILGA, alcançou uma vitoria com a decisão da Suprema Corte  do país   ao  descriminalizar a homossexualidade . Esse tipo de discriminação é interpretada como uma violação dos direitos fundamentais no país asiático.

Angola, pais  também em decisão histórica, no dia 24/01/2019  descriminalizou a homossexualidade, retirando  “de seu código penal uma cláusula sobre os “vícios contra a natureza”, interpretado como uma “proibição de todo comportamento homossexual”, Era uma legislação que foi criada ainda  no período colonial..

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/09/10/homossexualidade-ainda-e-criminalizada-em-mais-de-70-paises.ghtml

http://br.rfi.fr/africa/20190124-angola-descriminaliza-homossexualidade

Ensinar gênero não é doutrinação: é preciso levar em conta a diversidade e a complexidade humana

Em um artigo para o NewStatesman( janeiro/2019) , intitulado “A reação contra a ” ideologia de gênero” deve ser contida” Judith Butler reflete sobre os significados da  diversidade de gênero como uma “construção social” historicamente contingencial   que nos amplia  perspectivas  e formas  de liberdade política, permitindo  que pessoas vivam com seus gêneros “dados” ou “escolhidos”, sem temor ou discriminação  enfrentando o medo diabolizado pela “ideologia de gênero”. Uma outa vertente   coloca a  há distinção divina entre os sexos, como uma realidade dada por Deus  e unica.  Vivemos em um outro  momento  histórico onde os indivíduos tem  que ter o direito ás suas escolhas sexuais.

https://www.newstatesman.com/2019/01/judith-butler-backlash-against-gender-ideology-must-stop

Movimento “Eles por Elas”!!! Masculinidades sejam revisitadas ?

O Massacre de Montreal foi um acontecimento que ocorreu em 6 de dezembro de 1989 na  Escola Politécnica em Montreal/Quebec no Canadá. Um jovem , Marc Lépine, de 25 anos , com uma espingarda entrou na sala de aula onde estavam 28 pessoas e após pedir para os estudantes se retirassem e que as mulheres em torno de 14 estudantes, permanecessem no local , atirou contra elas  , afirmando ser ” contra o feminismo” e depois cometeu suicídio.  Deixou uma carta explicando os motivos , dentre eles  que o curso de Engenharia não o lugar  para as mulheres!!!

Hoje há um movimento formado de Homens contra a Violência Contra as Munheres. Atualmente  no Rio Grande do Sul foi votada uma Lei que se mobiliza  a sociedade contra a cultura do estupro e o Feminicidio;

https://mail.uol.com.br/?xc=5282f1871f0fa6cc38c36209a1c110f7#/webmail/0//INBOX/page:1/MTU3NzUw

Veja também o vídeo original do fato ocorrido em Quebec em 6/12/1989.

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2013/07/video-mostra-momento-em-que-jovem-atira-dentro-de-escola-em-mg.html

 

Mulheres são vitimas de agressões e poucas notificam .

Uma matéria do JCNET/Bauru, de Marcelle Tonelle, demonstra que foi de 595 o numero de mulheres que registraram BOs  de lesão corporal em bauru somente nesse ano ( janeiro  á outubro/2018)

Agressões físicas, solicitação de medidas protetivas  foram denunciadas nas varias instancias de apoio como:

  • Centtal Nacional de Atendimento à Mulher em Situação de Violência -180
  • Central de Policia Judiciária/CPJ
  • Centro de Referência da Mulher
  • Plantão Policial local
  • Casa da Mulher

https://www.jcnet.com.br/Policia/2018/11/a-cada-dia-duas-mulheres-sao-vitimas-de-agressoes-em-bauru.html

O Papel da Ouvidoria /UNESP: desafios éticos na Educação para a Diversidade

Evento  que ocorreu ontem, dia 26/11 e reuniu os Ouvidores da UNESP  para debater temas sobre a convivência universitária diante das relações étnico raciais, gênero sexualidades e  deficiências.

A Mesa  de Debate com o tema ” Diversidade em pauta”  contou com os seguintes palestrantes:

Prof. Juarez Tadeu de Paula Xavier da FAAC/Bauru

Profª.   Daniela Cardoso Mourão da  FE, campis de Guaratinguetá

Profª. Lidia M V Possas da FFC/ Marilia

Porfª. Lucia Pereira leite  da FC/ de Bauru

A Colonização na America foi um processo dual: Inferioridade de Raça e subordinação de Gênero!

A filósofa  e feminista argentina Maria Lugones em seu artigo “Colonialidad y Género : hacia un feminismo descolial”( 1 )nos faz refletir sobre o conceito de “colonialidade de poder” de Quijano ( 2 )  e resignifica o  o seu conceito de  colonialidade de gênero.  “O eurocentrismo não é exclusivamente, portanto, a perspectiva cognitiva dos europeus, ou apenas dos dominantes do capitalismo mundial, também do conjunto dos educados sob a sua hegemonia. […]Trata-se da perspectiva cognitiva durante o longo tempo
do conjunto do mundo eurocentrado do capitalismo colonial/moderno e que naturaliza a experiência dos indivíduos( pre coloniais)  neste padrão de poder. Ou seja, fá-las entender como naturais, consequentemente como dadas e não susceptíveis de
ser questionadas.(  QUIJANO, pag.74).

A  alteração de um sistema  gênero em termos igualitários  e sem fundamentos biológicos  existentes nas sociedades pre coloniais  foram ” desqualificadas”  para atender ao colonialismo  e o capitalismo eurocentrado global.   A conquista dos europeus  nas Américas  e também na Africa promoveu apropriação das  comunidades  através de uma processo de exploração e de  dominação impondo as relações hierárquica, binaria e hererosexual ( LUGONES).

Não havia a diferenciação entre homens e mulheres conforme entendemos em nossa sociedade ( o termo ” mulher/homem não fazia parte de suas culturas ). Outras  denominações  eram conhecidas sem que houvesse  a inferiorização  e subordinação das mulheres  e dos gays, pois a homossexualidade  figurava como um terceira possibilidades de existência, sem qualquer  exclusão e sentido de valor . ”

No caso africano, entre os yorubas, o gênero não era um principio organizador na sociedade antes da colorização Ocidental” .( OYEWÚMI, Oyéronké). Logo não havia um sistema de gênero institucionalizado  e foi introduzido pelos escritos coloniais  a partir do seu entendimento  e vivencia .

A  pesquisa da historiadora  Susane Rodrigues de Oliveira/UNB  é reveladora ( através sua tese(3)   e rompe o silêncio imposto às figuras femininas do império inca e traça uma nova representação dessas mulheres. “Quando os espanhóis chegaram ao Tawantinsuyo, por volta de 1532, eles se depararam com mulheres guerreiras, conquistadoras, donas de terra, engenheiras agrônomas, curandeiras. Algo inimaginável para a Espanha dos séculos 16 e 17”.

Precisamos relera a historia das Américas e rever os papeis das mulheres em sociedade onde havia um ” Igualitarismo sem gênero”.. ,

  1.  Tabula Rasa. Bogotá – Colombia, No.9: 73-101, julio-diciembre 2008  e  http://www.revistatabularasa.org/numero-9/05lugones.pdf)
  2.  QUIJANO, Anibal , Colonialidade do Poder e Classificação Social”, In:Epistemologias do Sul / org. Boaventura de
    Sousa Santos, Maria Paula Meneses., jan,2009 .
  3.  OLIVEWIRA, Susane Rodrigues de .”Por uma história do possível: representações das mulheres incas nas crônicas e na historiografia, Paco Editorial,2012,

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PERU: INCA mulheres. /NMamaconas, “escolhido” mulheres da sociedade Inca, participando do toilette da esposa do Inca. Desenho de ‘El primer nueva cronica y Buen Gobierno” (o primeiro novo crónica e bom governo), 1683-1615, por Felipe Guaman Poma de Ayala.

Lançamento : Silêncios e Transgressões. O Protagonismo das Mulheres Brasileiras no Seculo XX

A publicação organizada pela Profª. Zélia Lopes da Silva/UNESP  campus de Assis, 2018, analisa as distintas experiências de mulheres brasileiras do  sec. XX em tempos e espaços distintos com  novas abordagens que retomam as fontes e  exploraram  questões que são contundentes em nossa sociedade e que se mantém com permanências observadas no tempo presente como o machismo,  o sexismo, as distintas formas de exclusão e representação no campo do poder.  .

Sumario:

Parte I – As mulheres carnavalizadas;  As Passistas e porta bandeiras;  Paula do Salgueiro:  sua vida e liderança ; Mulheres /atuação feminina nas escolas de samba.

Parte II – Entre o real e o ficcional: romance Casa Verde( 1898 -1899); Participação feminina no Suplemento de o Jornal do Brasil ( 1957 -1958);  A representação feminina na série  Malu Mulher /TV Globo; Mulheres maranhenses e o debate publico ( 1920 -1930); Mulheres de 1932 – levante “constitucionalista” de São Paulo; As primeiras damas e a assistência social/LBA ( 1942-1964); A participação feminina na advogacia assiense ( 1980 -1980) Representações das mulheres em casos de suicidios . jornal Correio da manhã ( 1930 -1935)

Teoria KING KONG: uma reflexão critica sobre Sexo e Violência da autora Virginie DESPENTES

Uma leitura necessária para entender os obstáculos  que se colocam para captar os comportamentos machistas e misógino dos homens  através da violência imposta ao corpo feminino. O sexo  é constantemente silenciado e sendo visto como “demonizado social ” persegue os comportamentos que fogem as regras  ditadas . Ao fazer referência ao filme KING KONG, elabora uma teoria onde a figura do gorila é a masculina , um ser indomável, indomesticável.  O herói, o protagonista salvador  que vem para ira salvar a mocinha é um exemplo da heterossexualidade. Ele também tem o desejo de controlar aquele  animal para expô-lo em  publico(exposições) , como era praxe na época.Para a autora ” ação do herói é de uma sexualidade polimorfa, mas de domesticação,  controle e ser possível manter na clandestinidade.

Grau Zero – Revista  de Critica Cultural, v.6, n.2, 2018, p,145 -m 153, tem uma excelente Resenha  da Teoria KING KONG elaborada  por Juliana Aparecida dos Santos Miranda /UFBA

“Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza…” Escadaria da Unesp de Botucatu foi alvo de repressão nesta manhã (26/10)!

O coletivo Genis, coletivo feminista da Unesp de Botucatu desde 2013, denunciou nesta manhã o ocorrido com a Escadaria da universidade, pintada pelas estudantes e integrantes do Coletivo em protesto aos casos de assédios sexuais, estupros, violências e trotes machistas, no início do ano de 2014, para a recepção de ingressantes.

Ver: http://www.fmb.unesp.br/#!/noticia/1516/coletivo-genis-realiza-pintura-de-escada-proxima-a-biblioteca/

Na página do facebook do Genis pudemos ler a Carta de Repúdio denunciando a CENSURA sofrida nesta manhã 26/10/2018, e a reproduziremos na íntegra neste post:

“[CARTA DE REPÚDIO]

Hoje, 26/10, nos deparamos com a violência no câmpus da Unesp de Botucatu: nossa escada, recentemente repintada pelas mulheres do Coletivo Feminista Genis, foi alvo de REPRESSÃO nesta manhã!

Agentes desconhecidos passaram tinta CINZA por TODA a escadaria, dizendo que houve “DENÚNCIA DE CRIME ELEITORAL”. Estamos apurando de onde veio a ordem para podermos tomar provisões. Minhas caras e meus caros, isso chama-se DITADURA!

Como podem ver na foto da escada anterior, os únicos dizeres de cunho político eram “#ELENÃO” e “DEMOCRACIA”. Somos um coletivo, lutamos contra o fascismo e contra qualquer candidato machista, homofóbico e racista. Temos o DIREITO E O DEVER de nos expressarmos, isso chama-se LIBERDADE DE EXPRESSÃO, a qual nos foi tirada essa manhã! Além do mais, temos autorização da diretoria do câmpus para pintarmos a escada.

MAIS UMA UNIVERSIDADE SENDO ALVO DE REPRESSÃO!
Unesp Botucatu não se calará!
Coletivo Feminista Genis NÃO SE CALARÁ!
#ELENÃO DEMOCRACIA SIM! ABAIXO A DITADURA!”

 Nós do LIEG e Cultura e Gênero declaramos apoio ao repúdio

Vivemos tempos sombrios e de constantes ataques à democracia. É preciso estar atento e mais do que nunca, lúcidas(xs)!!!!