As formas e os conteúdos de ideias sobre as relações de gênero não são estáticos!!!

A trajetórias dos estudos recentes  sobre os intelectuais negros  visando construir a inclusão social, nos leva a pensar cada vez mais sobre  porque a equidade de gênero é ainda uma questão desafiadora em nossa sociedade . Os índices e dados levantados  pelo LIEG/UNESP tem demonstrado que a violência de gênero  assume proporções alarmantes a cada dia. O espaço acadêmico até então protegido  pela soberba de uma intelectualidade pensante afastou as suspeitas de que as hierarquias funcionavam de tal maneira a  ponto de subordinar as relações de poder e por efeito de gênero.

As matérias na revista PESQUISA FAPESP, de maio /2018, sobre ” Os caminhos da liberdade! em comemoração dos 130 anos da Lei Áurea( 1888 -2018 ) onde pesquisadores buscam compreender o significado e os efeitos reais da Abolição da Escravidão em nosso país  e a entrevista com a pesquisadora  e historiadora argentina  Paulina  Alberto, nos oferece subsídios  para pensar a inclusão das mulheres na sociedade.

Acesso: Paulina Alberto: a militância e luta no seculo XX  http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/05/23/paulina-alberto-militancia-e-luta-no-seculo-xx/

Os Caminhos da liberdade  http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/05/23/caminhos-da-liberdade/

LASA/2018 – Barcelona – “Género y Feminismo en un Mundo Globalizado: el protagonismo de las mujeres”. Gender and Feminist Studies

The Gender and Feminist Studies LASA  – Pre Conferencia a ser realizada em Barcelona : 22/05/2018

Local:  Na Universidad de Barcelona (UB), Laboratorio Antropología, Facultad de Geografía e Historia,: 1º Piso

“A Seção de Estudos de Gênero e Feminista da LASA dedica-se a promover o trabalho em rede e o diálogo sobre questões relacionadas a mulheres e gênero na América Latina e no Caribe, incorporando diferentes aspectos dos estudos feministas nas ciências sociais e humanas A Seção auxilia pesquisadores, estudantes, profissionais e outros interessados ​​na troca de idéias e trabalhos acadêmicos. Ver http://lasa.international.pitt.edu/sections/gender-feministstudies

Programação/2018

 

Inicio: 10 Hs – Abertura de la Pre-conferencia de Género y Feminismo de LASA 2018

Homenage a las víctimas de violencia de género

10: 15 – 11:15Hs  – Panel 1 – Género, emoción y violencia ”
Body, Emotion, and Identity in Contemporary Feminist Field, Carla de Castro Gomes,UFRJ/Brasil

Women Protagonists: Violence and Resistance in Conceição Evaristos’s Insubmissas Lágrimas de Mulheres, Natália Fontes de Oliveira, UFOP, Brazil

Avances y desafíos legales contra la violencia política de género en América Latina, Laura Albaine, Universidad de Buenos Aires/CONICET

11:30 – 12:30hs – Panel 2 – Género, discriminación y racismos en las migraciones

Migration as Transformation?  Examining the Gendered Effects of Migration in the US and Mexico, Linda S. Stevenson, West Chester University, United States

Resistiendo el racismo y la discriminación en el corazón de la universidad: estudiantes brasileñas  en Portugal, Beatriz Padilla y Thais França, Instituto Universitario de Lisboa (ISCTE-IUL)

12:30-14:00hs :  Mesa Redonda – Diálogos feministas con protagonistas locales

Carles  Bertrán Bruguera – CITE de CCOO de Catalunya

 Luana Marín Cuzzi  – Mujeres Palante, activista

 Liliana Reyes – Mujeres Palante e Investigadora del GEDIME

 Belén García Antolín – ANEM per Feina y Xarxa Treball de la Llar Just

Universidade do Sagrado Coração/USC – 2° Redescobrindo o Brasil: Mulheres e Universidade. Lutas e Resistências- 16/05/2018

Palestra  com a Profª.Drª. Lidia M V Possas/ LIEG – UNESP

Objetivo é analisar a como  presença das mulheres no espaço acadêmico, como  intelectuais   não foi algo dado passivamente, mas de árduas conquistas. Lutas e resistências fizeram parte dessa trajetória histórica para transforma-las em um sujeito feminino. Considerando  o estigma de representarem o  “ Segundo Sexo”,  enfrentaram múltiplos desafios no exercício  de atividades como cientistas  docentes e profissionais de áreas consideradas do sexo masculino. Os movimentos feministas agindo na Universidade, a partir dos anos 80, final do século XX, foram relevantes para assegurarem o seu lugar por direito, embora as relações de gênero de não iguais, de subalternidade ainda permanecem. A violência que presenciamos  nos dias atuais nos leva a olhar para os “ coletivos” estudantis em suas demandas

Local: Universidade do Sagrado Coração/USC/ Bauru – Horário:  19:30 – Anfiteatro E2

Feminicídio é crime ! Estudantes estão vulneráveis.

O Estado Brasileiro reconheceu que os crimes  contra as mulheres  que sofrem  a  violência, inclusive domestica e que  acabam sendo assassinadas como sendo  tipificado de ” crime hediondo.   A morte da estudante de Zootecnia da UNESP- Ilha  Solteira de 17 anos,  esfaqueada ( 9/04/2018) e  da estudante de Medicina de Sorocaba/RJ,  de 22 anos,  asfixiada  e com hematomas pelo corpo ( 11/04/2018)  levantaram opiniões e mobilizaram estudantes em varias universidades do país. Não se tratava de crimes  praticados por ação do alcoolismo ou droga , mas de comportamentos violentos de uma cultura machista.

Em nosso pais  esse tipo de crime constitui-se em ” feminicído desde 2015. ” Feminicido. Processar, Investigar e Julgar.Com perspectivas de Gênero . As mortes violentas contra as Mulheres.   Diretrizes Nacionais. Trata-se de uma documento , adaptado do Modelo de Protocolo latino-americano para investigar as mortes violentas de mulheres por razões de gênero (femicídio/feminicídio), elaborado pelo Escritório Regional da ONU.

Na America Latina a situação também é drástica, apresentando casos  e estatísticas  expressivas de mortes de mulheres em situação de violência  especifica de gênero.  No caso da Argentina  houve uma mobilização e organização de movimentos como #Ni Una Menos http://www.jornalovisto.com/o-feminicidio-na-america-latina-um-estudo-de-caso-da-argentina/

Feminicidio na America Latina

Ideologia de Gênero!!!

Artigo  da Professora, Sandra Duarte de Souza  doutora em Ciências da Religião (UMESP) com pós-doutorado em História Cultura/UNICAMP. O texto traz contribuições importantes para elucidar o grande debate nacional  que “mobilizou setores católicos e evangélicos no combate ao que se denominou “ideologia de gênero”, distorcendo sentidos e significado de uma categoria   teórica que contribuiu para  entender as desigualdades entre os sexos( 1980). Tem como objetivo  analisar as reações e manifestações de setores conservadores ( católicos e Evangélicos) de nossa sociedade contra a inclusão do ” Gênero” como uma das diretrizes curriculares, conforme  PNE (PLC 103/2012 – BRASIL, 2012). Portal Metodista- Periódicos Científicos e Acadêmicos ,  v. 28, n. 2( 2014) pag: 188 – 204.

https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/ER/article/view/5454/4485

 

Vereadora carioca assassinada: mais um caso de feminicidio intencional?

Nossa indignação  vem sendo ampliada nas redes feministas e grupos de pesquisa acadêmica diante do assassinado da vereadora carioca Mariela Franco  que surpreendeu  à todxs  pela audácia e exposição do fato , o que nos leva a pensar nas  condições  adversas da justiça e das leis em nosso país, sem falar nas atrocidades cometidas contra as mulheres e os crimes de feminicidio.