Inscrições abertas para a ação de extensão “As epistemologias do sul e a Violência de Gênero: Queixas, Reclamações – uma Pedagogia Feminista?”

O LIEG abre entre 30/08/2021 e 07/09/2021 inscrições para atividade de extensão Rodas de conversa: “As epistemologias do sul e a Violência de Gênero: Queixas, Reclamações – uma Pedagogia Feminista?”, com objetivo de criar um espaço de diálogo sobre novas reflexões teóricas e políticas de temas atuais.

A roda de conversa como instrumento metodológico abre espaço para que os sujeitos envolvidos na atividade estabeleçam espaços de diálogos e interações, ampliando suas percepções sobre si e sobre o outro, em um movimento de alteridade e compreensão sobre a voz do outro em seu contínuo espaço de tempo.

“Conversar é potência, uma maneira especial de se relacionar com o outro, uma vez que compreende o estar e o pensar juntos, a troca, a polifonia, sem que isso signifique o apagamento da autoria de fala e pensamento de cada sujeito”


Estudos com os cotidianos e as rodas de conversação: pesquisa político-poética em educação. REIS, GONÇALVES, RIBEIRO e RODRIGUES. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 25, n. 3, p. 68-87, Set./Dez. 2017.

As atividades terão início em 02/09/2021 e vão até 18/11/2021, sempre às quintas-feiras, às 14h30. As inscrições podem ser feitas no link: https://forms.gle/KmpCo9Uyt51JqAoK8

Abaixo o programa completo:

Dia Internacional da Igualdade da Mulher – 26 de agosto

GT Gênero ANPUH Nacional – Quinta feira, 26 de agosto, das 17h00 às 19h00, no Canal do YouTube da ANPUH

Participantes:

Andréa Bandeira Silva de Farias (Universidade de Pernambuco)
Hildete Pereira de Melo (Universidade Federal Fluminense)
Lídia Maria Vianna Possas (Universidade Estadual de São Paulo)
Marina Vieira de Carvalho (Universidade Federal do Acre)
Lana Lage da Gama Lima (Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (InEAC-UFF)
Kaoana Sopelsa (Universidade Federal da Grande Dourados)

Dia 19 de abril – Dia do Índio? Hoje não um dia de festejos , mas de consciência e de luta !!

O Calendário Nacional  Brasileiro celebra o Dia do Índio. 19 de abril , sempre  comemorada com narrativas perpassadas por uma visão heteronormativa onde os indígenas  como seres  abstratos sempre aparecerem  no cenário publico sem a discussão necessária sobre as suas vidas e na condição de sobreviventes em sua própria terra.  .

O Portal Catarinas traz  novas olhares  e novas vozes através da denuncia  de Amaue Jacintho, indígena  Guarani Nhandeva, do Paraná. As questões   de debates são primordiais  envolvendo território, corpo, saúde em um contexto  etnocida  onde  os Povos Indígenas em nosso país  estão imersos desde a colonização ao silencio de suas existências, ao desaparecimento intencional de suas culturas  e o assassinato de suas lideranças

Amaue Jacintho, 34 anos, é estudante de Ciência Sociais da Universidade Estadual de Londrina (UEL).. No   início da pandemia, em abril 2020,  ao vivenciar as violências e injustiças na Terra Indígena (TI) São Jerônimo, no Norte do Paraná, a indígena Guarani Nhandeva decidiu  utilizar suas redes sociais  para dar apoio  às mulheres vítimas de ameaças, xingamentos, espancamentos, entre outras violações.

As mulheres res indígenas e suas famílias tiveram suas casas incendiadas e foram expulsas da Terra Indígena por não aceitarem as opressões patriarcais, machistas e misóginas O conflito ocorreu na terra que é compartilhada dividida  por três povos: Guarani, Kaingang e Xetá.  Diante das violações ( casa invadidas e pertences roubados) prestaram queixa  na  Delegacia de Polícia para registrar um   o Boletim de Ocorrência, sendo informadxs pela policia que essa nãoi  poderia intervir. Por que? Alianças  associadas à  conivência politica dos poderes locais com os grandes empresários do agronegócio? 

O desmatamento aumenta substancialmente com a interferência do grande capital e do governo.  Trata-se de um crime ambiental que o Brasil vem sendo acusado por não cumprir  os protocolos assinados.

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/INPE  confirma  que desmatamento no pais  cresceu 9,5% entre agosto de 2019 e julho de 2020 quando comparado com a temporada anterior  e essa politica destrutiva tem interferido diretamente na vida das comunidades indígenas da região.

Ver  Portal Catarinas  – .Filhas da Terra: Amaue, a mulher indígena que vive refugiada durante a pandemia | Portal Catarinas   e https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/11/30/amazonia-teve-11-mil-km-de-desmatamento-entre-agosto-de-2019-e-julho-de-2020-aponta-inpe.ghtml

Série histórica com dados de desmatamento na Amazônia segundo o Prodes até 2019/2020. — Foto: Arte/G1

8 de março – Dia Internacional das Mulheres – Pelas lutas de todas

O GT de Gênero da ANPUH Nacional  preparou  Edição Especial  comemorativas para esse mês, através  de programas /podcast   de Historia Online ,: as Segundas Feministas.

Para comemorar a data, o fato, o acontecimento histórico optou-se por uma narrativas poética que através da sensibilidade da historiadora e professora Marlene de  Faveri  esboçou  os sentimentos  de mulheres vitimas de violência domestica, sendo que muitas delas foram assassinadas.  Os crimes de feminicidio, em nosso país   tiveram um acréscimo considerável no período de 2019- 2020 ( com a Pandemia e a quarentena compulsória ) . Segundo dados do Instituto Brasileiro  de Direito da Familia /IBDFAM “em 2019, o total de ocorrências foi de 1.326, um aumento de 43% em relação há quatro anos anteriores. Em 90% dos casos, o criminoso é o companheiro ou ex da vítima. O racismo também perpassa a violência contra a mulher: no ano passado, 66,6% das vítimas de feminicídio eram negras. O percentual indica a maior vulnerabilidade dessa população, já que elas representam 52,4% da população de mulheres no Brasil”

A nossa luta prossegue.  Marlene de Faveri Poesiaas .

Acreditamos que a relevância social e politica do GT de Gênero  da ANPUH Nacional e Regionais  é divulgar as pesquisas realizadas na Graduação e na Pôs Graduação dos Cursos de Historia desse país e para toda a sociedade utilizando todas as linguagens possíveis para informar e divulgar .

Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência 11 de Fevereiro

 Há quatro anos a ONU  estabeleceu o Dia 11 de fevereirof como  Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, com  objetivo é celebrar as experiências das mulheres cientistas em suas áreas profissionais  e   incentiva as novas gerações de moças a optarem pela  carreira cientifica, sem receios e com garantias de direitos..

Nos acadêmicas  devemos  mostrar que ser uma Cientista é possível, desde que seja  o desejo das estudantes que adentram às Universidades. Reconhecemos que a presença das mulheres na vida cientifica é uma longo caminho a percorrer não só  pessoal como dos meios acadêmicos e científicos adversos.

Pesquisa da Unesco aponta disparidades maiores em áreas altamente qualificadas, como inteligência artificial, onde apenas 22% dos profissionais são mulheres.

 

https://news.un.org/pt/story/2021/02/1741172

Ver a imagem de origem

Assassinato de pessoas Trans em 2020 aponta para a ausência de solução contra a violência

Dados inéditos fornecidos pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) está sendo divulgado em um  dossiê inédito nesta sexta-feira – 29/01/2021 (29), Dia Nacional da Visibilidade Trans

.O documento  não só cataloga os efeitos  nocivos da transfobia como  chama a atenção para a escalada ascendente  de crimes contra pessoas trans.

A matéria esta amparada em pesquisas e dados. Reconhecem que há o “recorrente problema de subnotificação dos casos de violência LGBTfóbica, uma vez que no Brasil,  ainda não contatamos com  um sistema de dados que consiga compilar e divulgar todas as violências sofridas com destaque para a identidade de gênero das pessoas, o que ajudaria a mapear as violências transfóbicas. 

http://www.generonumero.media/visibilidade-trans-violencia/

 

Dados Assassinatos Trans 2020

Gerda LERNER, “A Criação do Patriarcado . A opressão das mulheres pelos homens ” – Editora . CULTRIX, 2019

LERNER, Gerda( 1920 – 2013) foi historiadora e professora na Universidade de Wisconsin. Foi também uma das fundadoras do  campo de Estudos Afro – Americanos e da introdução do currículo sobre a Historia da Mulher.

A discussão sobre o Patriarcado e Patriarcalismo possui distinções e vem ocupando nos dias de hoje uma retomada para melhor entendimento de um sistema que naturalizou  a subalternidade das mulheres e de sua opressão que  elas interiorizaram  .

“O patriarcado não surgiu da forma como o conhecemos de uma vez, existe um desenvolvimento por meio da instauração de instituições que promovem seu funcionamento, como a família, a religião e o Estado. A autora reconstrói esse desenvolvimento de uma forma muito interessante, valendo-se de estudos arqueológicos, históricos e antropológicos.”.  Ver Resenha  Melina Bassoli,

https://medium.com/qg-feminista/resenha-a-cria%C3%A7%C3%A3o-do-patriarcado-e8e0b8446e75


Há perspectivas de vivermos ditaduras ou estamos vivendo uma onda de desdemocratização?

Um estudo da DeMaX (Democracy Matrix). que avalia itens de Liberdade , Igualdade e Controle Legal   em 179 países, desde 1900, demonstra que não houve golpes militares e instalação de Ditaduras formais , mas de regimes Híbridos  que mesclam democracia com autocracia.

Segundo Hans-Joachim Lauth (  Professor da Universidade  de Wurzburg) , Alemanha a ” democracia estagnou, mas o retrocesso não leva ao surgimento de ditaduras”.

A Índia considerada até então ” a maior democracia do Mundo , perdeu seu status em 2019 , inaugurando  um exemplo tipico de de ” desdemocratização”. “Com uma população de 1.366 bilhão de habitantes entrou na rota  autocrática com a perda de liberdade religiosa  repressão à protestos, violação dos direitos humanos  e crise de coalizão com o Judiciário.

Mais de 107 países  perderam a qualidade democrática, sendo que o  Brasil se encaixa  em um dos  principais exemplos  da onda de desdemocratização, ao lado da Hungria, Turquia e Servia.

Os países considerados pelo  estudos como sendo TOPS  da democracia são; Dinamarca, Noruega, Suécia, Alemanha, Holanda  , sendo os que tiveram  maiores perdas de pontos a Bolívia, Sudão, Benin, Nigéria e a Índia.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/09/mundo-vive-onda-de-desdemocratizacao-afirma-estudo.shtml

 

 

 

 

Projeto Educando para a Diversidade /UNESP convida para Seminário de Debates ” Universidade e Diversidade” : Inscrições abertas

O Projeto Educando para Diversidade convida a toda a comunidade acadêmica (Ouvidorias, Coletivos, Servidores, Discentes, Pesquisadores, Educadores) para a participação no Seminário de Debates Universidade e Diversidades cujo propósito é construir um espaço coletivo de debate e compartilhamento de experiências no trabalho com o enfrentamento às violências e desigualdades no ambiente universitário;
Serão quatro encontros em que serão debatidos os temas relacionados à formas de enfrentamento e combate às diferentes formas de  racismos, assédios, discriminações e exclusões que atravessam as relações no ambiente social e universitário.  A partir dos relatos e debates o propósito é construir protocolos (normativas, procedimentos, indicativos) para o enfrentamento às violências e desigualdades a serem reunidos em um documento amplo para consulta da comunidade acadêmica.Os debates serão transmitidos pelo canal oficial da Unesp no youtube. O link de acesso aos debates serão enviados aos inscritos por e-mail.

Em breve divulgaremos mais informações sobre a página do evento.   Período de inscrições: 10 a 20 de setembro   Link s: https://forms.gle/JZekY6HttK42hwiy5

 

Primeiro romance escrito por uma mulher árabe ” Damas da Lua” vence o Internacional Booker Prize

A autora do livro,  Jokha Alharti é  originada de Omã, pais da Península  Arábica. Seu romance  alcançou uma das honrarias literárias de maior prestigio do  Reino Unido – o  prestigioso Man Booker International Prize.. Intrigada com a sua  proposta e o interesse em conhecer um pouco mais sobre as mulheres no mundo árabe comecei a leitura. Ela  expõem as tradições  quase extintas da região  e, faz uso das memorias para criar seus personagens , moradoras e moradores  em  três gerações  de uma povoação fictícia, vila de al-Awafi, próxima a capital, Mascate.

Sua perspectiva de gênero  expõe personagens masculinos melhor sucedidos  do  que os femininos, embora ambos podem sair derrotados em suas empreitadas. .

O passado e o presente contemporâneo circulam em sua narrativas, e dentre  dentre os 30 personagens, sendo a maioria mulheres, a  feminilidade é representada e ajustada às mudanças politicas, econômicas e culturais do país. Ela observa à todxs e capta as emoções e as subjetividades de cada um , a partir de vários ângulos que expressam  situações distintas diante da vida. Ela mesma ressaltou:” a felicidade  e completamente diferente de pessoas a pessoa”.

A ficção se aproxima da realidade com uma linguagem  apropriada que nos toca e nos faz participar da jornada.

https://mundohype.com.br/damas-da-lua-de-jokha-alharthi-fala-sobre-o-oma-moderno-e-as-perdas-e-amores-de-uma-familia/