Universidades Inglesas : Chegou a hora de rever seus processos de reclamação por má conduta sexual para proteger seus alunos!!!!

As Universidade da inglaterra  diante da Ementa de Lei das Relações Raciais ( 2000)  que exigiu que todas as instituições  do setor público elaborassem planos de ação sobre a igualdade racial e  outras leis que vieram – Lei da Igualdade ( 2010)- exigindo  que políticas diversas confluíssem para um documento:  o  Plano  Único de Igualdade.

Essa regulamentação levou as Universidades a contratar agentes  de diversidade para implementar  estratégias e ações que viessem enfrentar as questões de Raciais e de Gênero.

https://www.theguardian.com/education/2020/mar/13/universities-traumatise-student-sexual-misconduct-survivors-by-mishandling-cases

Segundo Sara Ahmed, em seu livro Vivir una Vida Feminista,  2018 ela narra a experiência que enfrentou na Universidade de Goldsmith, como uma das contratadas e não foi  positiva, o que a levou a pedir seu desligamento  do cargo que exercia, justamente  para dar suporte à politica de enfrentamento  da Diversidade e o Assedio Sexual. .

O trabalho com a diversidade é descrito, por ela, como uma sensação de enfrentar  algo que não se move; é sólido e  que bloqueia os esforços, embora as  tarefas  sejam o cobradas .( ela se apoia na imagem de um muro de tijolos que todos os  dia é preciso enfrentar e bater a cabeça.). Reforça que : Existe o desejo da instituição de institucionalizar a diversidade porém  propor a ideia não significa que ela esteja receptiva. Muitas vezes o que foi proposto não funciona sendo preciso averiguar e constata-se que há mecanismos que impedem a transformação do sistema. Ela descreve como um “trabalho de fontenería institucional  ( enganamento institucional) “ ( AHMED, 2018, pag. 139)

Students attempting to report staff sexual misconduct have found that the process was lengthy, traumatising, and ultimately failed to keep them safe.

Students attempting to report staff sexual misconduct have found that the process was lengthy, traumatising, and ultimately failed to keep them safe. 9Photograph: Astrakan Images/Alamy Stock Photo/Alamy Stock Photo Tradução livre:Os estudantes que tentaram denunciar a má conduta sexual dos funcionários descobriram que o processo foi demorado, traumatizante e, finalmente, não conseguiu mantê-los seguros.)https://www.theguardian.com/education/2020/mar/13/universities-traumatise-student-sexual-misconduct-survivors-by-mishandling-cases

No Brasil .enfrentamos uma situação semelhante e com  muitas resistências. O Sistema de Cotas  sistema de cotas tornou-se conhecido em meados dos anos 2000, inicialmente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ),. enda esta  a primeira universidade do país a criar um sistema de cotas em vestibulares para cursos de Graduação  e pela   Lei nº 12.711/2012,  veio a exigência  de “ reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. As cotas raciais so foi implantada em  2014, diante dos movimentos sociais e do feminismo negro.

Ainda há muito que lutar para que todxs e todes tenham o lugar como cidadãos na Unvresidade Pública Brasileira.

Estudos de Gênero em Tempo de Epidemia./LIEG – Livro de Sara Ahmed .

LIEG – UNESP prossegue com as atividades programadas  neste 1º Semestre/2020, com a leitura do livro  de Sara AHMED, Vivir una vida feminista, Barcelona , 2018.. .

A autora  atualmente trabalha em centros e institutos sobre mulheres e feministas, na Inglaterra, desde a decada de 90, colaborando também com universidades americanas, Em 2016, renunciou ao cargo de Diretora do Centro de Pesquisa Feminista da Goldsmiths  College, em Londres em protesto à denúncias de Assédio Sexual de estudantes, que não  foram levadas  à contento,

Em seu bloc  deixou  uma questão  que vem ao encontro de nossas preocupações  feministas do LIEG,  sobre a Violência de Gênero, os abusos de poder  no espaço acadêmico onde segundo a Ahmed  há  indiferença das  instituições e o papel  de outsider de quem denuncia:

O que acontece quando alguém de uma instituição reclama de más práticas, violação de direitos ou abuso de poder? Nesta palestra, a escritora feminista Sara Ahmed explorou o como aprendemos sobre abusos de poder por parte de quem faz reclamações sobre esses abusos. Ela considera como fazer uma reclamação  e essa pessoa que reclamam acabam atrapalhando a felicidade institucional. Fazer uma reclamação também requer se tornar um mecânico institucional: você precisa descobrir como obter uma reclamação através de um sistema. A palestra explora como é difícil desvendar as experiências que levam à reclamação e as experiências de reclamação, e reflete sobre o papel das redes e intimidação”

Bloc de Sara Ahmed   – https://www.saranahmed.com/

A reunião ocorrerá no dia 21/05 com a participação da Drª Gabriella  Marques,  docente da Universidade Estadual de Santa Catarina/UDESC, para debatermos o Capítulo 2 – De cómo nos dirigen. In: AHMED, Sara. Vivir uma vida feminista.,  p. 69-95.

Divulgaremos o link da Reunião n no dia 20/05.

 

LIEG/UNESP- Grupo de Estudos abordando tema “Gênero e Feminismos em Tempo de Epidemia”. Autora Sara Ahmed ” VIVA UMA VIDA FEMINISTA”, 2018. Cap.1.Fazer-se feminista p.41-67.

Na semana de 11-16/05, o LIEG terá o prazer de ter como nossa convidada,a  Profª. Drª Joana Maria Pedro/UFCS para debater conosco  o Cap.1 – pag. 41-67., do livro de Sara Ahmed.

Dia: 14/05/²020 ás !4:30hs atraves do Google Meet. Enviaremos o link .

Joana Maria PEDRO | Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC ...

Profª Joana Maria Pedro  e professora titular da Universidade Federal de Santa Catarina. Fez pós-doutorado na França, na Université d’Avignon, entre 2001 e 2002, e também nos Estados Unidos, na Brown University entre 2016 e 2017.  Desempenhou as funções de  Diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas entre 1996 e 2000 e foi Pró-Reitora de Pós-Graduação entre 2012 e 2016. Atuou como Presidenta da ANPUH/ Associação Nacional de História na gestão 2017-2019. Atua  como professora permanente do Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC. É também pesquisadora do IEG – Instituto de Estudos de Gênero www.ieg.ufsc.br e do LEGH /Laboratório de Estudos de Gênero e História http://www.legh.cfh.ufsc.br/

Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil República, atuando principalmente nos seguintes temas: feminismo, gênero, relações de gênero, história das mulheres, memória, história oral, história do tempo presente e história comparativa. É pesquisadora 1A do CNPq.

 

A nossas autora Sara AHMED:

A autora nasceu em Salford, Inglaterra. Seu pai é paquistanês e a mãe inglesa. Viveu com sua família em Adelaide, na Austrália, desde o início dos anos 1970, onde alcançou seu primeiro diploma
na Adelaide University.

Realizou seu doutorado no Centre fo Critical and Cultural Theory, Cardiff University. Os temas-chave de seu trabalho são: migração, orientação, diferença, estranheza e identidades mistas. Trabalhou no Institute for Women’s Studies at Lancaster University, de 1994 até 2004. Em 2004, foi nomeada para o Departamento de Mídia e Comunicações da Goldsmiths College, University of London, e foi diretora inaugural do Centre for Feminist Research, criado para consolidar a história feminista da Goldsmiths.

Em 2016, Ahmed renunciou ao cargo em Goldsmiths em protesto contra o assédio sexual de estudantes por funcionários de lá, mas continuou seu trabalho como teórica independente. Atualmente, ela mora nos arredores de Cambridge com sua companheira, Sarah Franklin, que é acadêmica na University of Cambridge Sara Ahmed nasceu em Salford, Inglaterra. 

(  Cap.1 –  Fichamento apresentado por Morgani GuzzoLEGH/UFSC, em 06/05/2020 )

 

LASA 2020- Améfrica Ladina: vinculando mundos y saberes, tejiendo esperanzas, 13 -16 de maio Maio.

O Congresso da Lasa 2020, será online!!!

A  expressaõ ” Améfrica Ladina  é da antropóloga brasileira Leila Gonzalez ( 1935 – 1994) 

A Améfrica Ladina pretende dar um passo na mesma direção da designação Nuestra América, no lugar de América Latina, que sublinha a latinidade da região, isto é, seus vínculos com a Europa, e oculta ou deixa de lado a participação de outros povos nesse processo, tais como os ameríndios e de origem africana. A expressão Améfrica Ladina, cunhada pela intelectual afrobrasileira Lelia González, busca viabilizar explícitamente a presença dessas populações e das populações mestiças no projeto social da Nuestra América e reivindicar essa herança plural da qual fomos despojados.

Por que “vincular mundos, saberes e disciplinas” e “tecer esperanças”? Em primeiro lugar, porque as marcadas tendências conservadoras, excludentes, misóginas e racistas que caracterizam essa recente “guinada para a direita” que enfrentamos em nossa região exigem um grande esforço conjunto intelectual e político para serem explicadas e desafiadas. Em segundo lugar, porque a racionalidade neoliberal, que espalha os valores do mercado a cada esfera da vida, fragmentou e rompeu o tecido social da região e o reconhecimento de uma humanidade comum, aumentando a desigualdade de classes, gênero, etnia e cor da pele. E, em terceiro lugar, porque, neste contexto, precisamos proporcionar a possibilidade de se pensar e interpretar diferentes modos de vida coletiva e gerar diversas práticas colaborativas de produção do conhecimento.

Diante da constatação dos efeitos dessa direitização do continente e do desalento que se produz e se generaliza, vale a pena voltar nossa visão e nossas expectativas aos ensinamentos trazidos por muitas lutas concretas e cotidianas dos que se encontram próximos da Améfrica Ladina, a fim de dar sustento à vida coletiva e individual, humana e interespécies, preservando-a, reparando-a e a prolongando. Eles e elas entretêm vínculos sociais, praticando os princípios de solidariedade, cuidado mútuo e compartilhamento recíproco. Mas em que medida essas experiências incidiram sobre as políticas públicas, ou foram escutadas essas vozes nos órgãos de decisão política?

Sob a perspectiva que abre o projeto da Améfrica Ladina, os “estudos latinoamericanos”, junto a outras formas de pensamento escoradas nas lutas pela despatriarcalização, pela emancipação e pela descolonização, podem responder de novas maneiras a perguntas específicas e a necessidades tanto intelectuais como materiais da região.

O Congresso LASA2020 convida a tomaremse alguns passos nessa direção; vinculando de modo cada vez mais estreito o legado intelectual internacional às realidades e experiências “ladino-amefricanas”; encorajando uma análise profunda da estrutura e dinâmica de poder e dominação que inclua o comunicacional, o midiático e os contrapúblicos das redes sociais; fomentando os debates horizontais e interdisciplinares entre os estudiosos latinoamericanos, junto aos movimentos sociais; incorporando os académicos que trabalham sobre a América Latina e se comunicam principal ou exclusivamente em inglês, em condição de igualdade, isto é, sem uma voz privilegiada ou dominante; promovendo uma participação maior de intelectuais indígenas e afrodescendentes (mulheres e homens) em todas as seções; melhorando as oportunidades para que esses intelectuais participem das diferentes atividades acadêmicas promovidas pela LASA.

Precisamos entrelaçar mundos e saberes que abordam o mesmo problema a partir de perspectivas e ângulos diferentes, cuja separação foi acentuada pela lógica de mercado e pelas tendências políticas direitizantes. É necessário tecer esperanças, intelectuais, sociais, ecológicas, políticas e culturais para avançar pelo caminho sinuoso de busca de um futuro sustentável no qual a Améfrica Ladina tenha relações de sobrevivência e reexistência para compartilhar.

Dissertação ProfSocio Mestrado Profissional em Sociologia aborda o tema Jovens Negras na Sala de Aula – UNESP

Aposto  na nova geração de pesquisadoras, à exemplo da  professora de Ensino Medio/SP,   Mariana Alves de Sousa , negra,  aluna do Mestrado Profissional em Sociologia – PROFSOCIO_ da UNESP, campus de Marília.

Foi gratificante orientá-la  em sua pesquisa  em parceria com a Profª. Valeria Barbosa/UNESP.  Trabalho  de certa forma pioneira  onde assume o lugar  do seu discurso e identidade de gênero . A dissertação é intitulada :” CAMINHOS PARA PROMOVER O RECONHECIMENTO DA NEGRITUDE FEMININA POR MEIO DO ENSINO DE SOCIOLOGIA” .

Com um tempo  exíguo para cursar as disciplinas obrigatórias do Curso , lecionar,  realizar as leituras indicadas, além de  fazer uma minuciosa  pesquisa de campo  na escola onde trabalha.. De fato uma empreitada digna de mérito.  Como sua orientadora fiquei impressionada como tratou de maneira  atenta  e  correta a discussão teórica  com xs autorxs ( ver referencias)  de várias nuances onde  gênero e a  interseccionalidade foram  ferramentas de análise muito bem conduzidas.

Aprovada com distinção pela Banca , realizada através do Hangout/Google  no dia 30 de março de 2020 demonstrou como o acesso  à informação científica associada a um  trabalho empírico/etnográfico  fornecem  as condições necessárias para que  um nova geração  de mulheres possa alçar  o espaço  intelectual e o mundo  acadêmico.

Deixarei em Anexo o Power Point de sua Apresentação para a Banca .

Mariana Alves de Sousa- PROFSOCIO – UNESP

Jovens negras e a sala de aula2[4284]

A Biografia de Freud mais recente, pela psicanalista francesa Elizabeth Roudinesco, 2016.

Após assistir o seriado  Freud, lançado pela  NETFLIX, nessa semana, fiquei intricada com a proposta:  o psicanalista, ainda nos primórdios de sua carreira, na Viena de 1886,  assume um  protagonismo como medico neurologista  e  também  perito  em desvendar  crimes  sexuais através de sua intuição e  experiência  com a hipnose  associada a  busca de razões no inconsciente. Para ele cada um vivia com conflito com  uma força interna que os movia  e os faia agir através de   comportamentos “ irracionais”.  Como pacientes eram  tratados  como loucos  pela Academia Médica, vienense.

O psicanalista enfrenta um contexto  de conspiração, de disputas  políticas e da febre  nacionalista durante o período do  Império Austro –Húngaro que existiu entre  1867 a 1918, quando sucumbiu diante das forças da 1ª Grande Guerra. ,

Freud , diante dos assassinatos sexuais,  conspiração palaciana  e de cerimônias satânicas, entendidas como um misto de ciência, feitiçaria, ocultismo e práticas tenebrosas de aliciamento , sai em busca de entendimento e explicação para os inúmeros crimes. Nesse momento a sociedade vienense, principalmente a aristocracia falida e uma burguesia em ascensão  estavam “ tão concentradas na  introspecção que não soube antever a I Guerra Mundial, nem a irrupção do nacionalismo, nem a miséria do povo que a rodeava”( Roudinesco, 2015)

Para compreender um pouco mais sobre a figura do Pai da Psicanálise,  busquei  as biografias publicadas. Entre algumas com  controversas discussões   sobre a personalidade do médico e seus vícios, encontrei a obra da psicanalista e historiadora  Elizabeth Roudinesco,  também professora na École Pratique des Hautes Études.  Ela foi responsável por escrever o roteiro, para a televisão, do documentário Sigmund Freud, a invenção da psicanálise (com E. Kapnist, 1977), exibido no Brasil pela GNT.

Seu livro Freud en Son Temps et Dans le Nôtre/ “Sigmund Freud no seu tempo e no nosso, foi publicada pela Editora ZAHAR, 2016,   me pareceu ser elucidativa pela entrevista que ela  deu ao jornal EL Pais: Élisabeth Roudinesco: “Freud nos tornou heróis das nossas vidas

https://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/02/cultura/1441210297_491115.html,/setembro/2015.

A historiadora e psicanalista francesa Élisabeth Roudinesco.

Marcha das Mulheres – 8 de Março . O avanço das convenções de gênero, porém com presença de ” jaulas” simbólicas.

Feministas  no mundo comemoraram o Dia Internacional da Mulher  através de ” marchas”  que ocuparam o espaço publico de forma contundente e  representativa de  culturas diversas, demandas distintas , porém uníssonas contra o ” jugo” misógino e patriarcal que promove a violência em todos os sentidos. Cada vez mais temos acesso às imagens que comprovam as resistências femininas e a luta nn defesa doss  direitos cidadãos..

Marcha das mulheres brasileiras defenderam  bandeiras  múltiplas contra a violência física, psicológica, simbólica e de identidade de gênero , ampliando com  o propósito politico  para a critica do  “ desgoverno” atual com o cerceamento de direitos das trabalhadoras  e por efeito a restrição da democracia  em vários aspectos.

A articulista  Vera Iaconelli ( da FOLHA e Doutora em Psicologia /USP) aproveitou a efeméride  para e enfatizar  as mulheres  e suas  lutas  não só contra uma pretensa feminilidade,, mas pensar  a data   e “sair da jaula e lutar, não importando qual seu gênero”.  Ressalta como as mulheres  que   ” Trabalham gratuitamente como cuidadoras dos filhos, maridos, pais, sogros às expensas do trabalho remunerado, no qual recebem  menos realizando as mesmas tarefas que os homens.E sintetiza a fala : Quanto mai elas assume que “não é não” —sob um governo que promove o machismo— mais aumentam os casos de estupro e feminicídio”. ( .FOLHA, 10/032020 – Colunas e Blocs)

.https://www1.folha.uol.com.br/colunas/vera-iaconelli/2020/03/dia-das-mulheres-e-dia-de-que.shtml

Aproveitando a temática Iaonelli  chamou  a minha atenção para o evento científico – 49ª Jornada da Escola da Causa Freudiana, que  ocorreu na França em 2019. O convidado palestrante: Paul B. Preciado, filósofo, escritor e autor  do texto  Junkie”, publicado em 2008, onde relata ” sua experiência com a autoadministração de testosterona para transitar para o gênero masculino”, tomou a palavra   assumindo seu lugar de fala  , como intelectual trans e durante a sua explanação   circulou entre a provocação e uma fina ironia deixando a plateia incomodada  ao  denunciar que há  dificuldade em assumir que existem diferentes formas de viver a relação com o corpo, com o desejo e com as convenções de gênero bem distantes da patologia. E para tanto explicitou inciou :: ..“Falo-lhes, hoje, desde essa jaula elegida e desenhada, do homem trans, do corpo de gênero não binário.”https://www1.folha.uol.com.br/colunas/vera-iaconelli/2020/03/dia-das-mulheres-e-dia-de-que.shtml

Reforço essas frases  para refletir um pouco mais sobre o Dia Internacional da Mulher. Reconheço que houve avanços das convenções de gênero, embora as praticas  mantêm as ” jaulas” que definem pessoas e estrangulam sua forma de viver . Pessoas  gays, lésbicas e trans , já saíram dos armários. Para que?  A jaula simbólica permanece excluindo e violentando direitos.

O estupro não é um ato sexual, é de poder, de dominação’: a antropóloga argentina Rita Segato

Segato nos inspira a pensar mais profundamente sobre o Assedio Sexual, o Estupro , o Machismo  e a Violência de Gênero.

Para a compreensão  da sociedade latino americana onde a violência de gênero  tem sido a tônica para a explicação dos altos índices de feminicídio: cito como exemplo  a  cidade de São Paulo em 2019, onde o índice cresceu para 154 casos entre janeiro e novembro, comparada as 134 ocorrências de 2018 .( G1, São Paulo, de 6/01/2020)

A antropóloga tem sido pouco compreendida quando afirma que “ O estupro não se baseia em um desejo sexual, não é a libido descontrolada de homens, não é porque sequer é um ato sexual. É um ato de poder, de dominação, é um ato político. Um ato que se apropria, controla e reduz as mulheres por meio da apreensão de sua intimidade.”

“O Estado opressor é um macho estuprador / O Estado opressor é um macho estuprador / O estuprador é você / O estuprador é você.”   Versos que foram incorporados como um hino  feminista mundial: “Um estuprador no seu caminho”, a música e a coreografia que nasceu no Chile e percorre praças de todo o mundo .

A autora prossegue  e  vai além  ao questionar  o pensamento  feminista quando diz  “que a violência de gênero é um problema de homens e mulheres”, e que não devemos  apontar o ” empoderamento das mulheres” como o elemento principal da violência de gênero, mas ” uma consequência da precarização da vida, da economia, de não pode se educar mais, ler mais, ter acesso a diversas formas de bem-estar”

.http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/579340-empoderamento-e-um-instrumento-de-luta-social

Rita Segato tem dado varias entrevista e publicado os resultados de suas pesquisas realizadas em vários países , inclusive no Brasil, quando analisou a questão da masculinidade nos presídios de Brasilia.

A entrevista dada pra o G1, Mundo esclarece pontos de vistas que a autora tem defendido. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/12/21/o-estupro-nao-e-um-ato-sexual-e-de-poder-de-dominacao-diz-rita-segato-a-feminista-que-inspirou-o-estuprador-e-voce.ghtml
 Os trabalhos da antropóloga argentina Rita Segato serviram de inspiração para o hino feminista que nasceu no Chile — Foto: Getty Images via BBC

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Os Coletivos Estudantis e a Universidade : entre politica e desejos. As resistências são ampliadas .

Os coletivos  estudantis e suas propostas  vem provocando ações e e provocações publicas que  marcam lugares, Suas  lideranças pretendam ser representantes de identidades e especificidades de grupos e sujeitos de classe, de cor e de sexualidade. Muitas vezes sua existência é provisória em razão do modo como a organização política tem se dado no contexto da universidade.

Marcado pela transitoriedade, a continuidade da existência dos coletivos a longo prazo tem a ver com a reunião em torno de objetivos de luta comuns de um grupo de pessoas. Mesmo com mudanças de nomes e de componentes muitas pautas ainda se mantém em torno de interesses de afirmação política identitária na universidade ou, ainda, como espaço de produção de ações alternativas à construção de saberes no cotidiano acadêmico (pela arte, pela cultura ou ou epistemes dissidentes da tradição científica acadêmica).

Vejam no site Educando para a Diversidade, projeto UNESP/Santander e  o  Mapeamento realizados  das distintas iniciativas inclusivas na UNESP :.

  • Gênero e Sexualidade / LGBT+
  • Empoderamento Feminino / Feminismo
  • Educação / Inclusão / Escola Pública
  • Acessibilidade / Deficiência / Educação Inclusiva

https://educadiversidade.unesp.br/

São Paulo registra em media um caso de estupro dentro de escolas por dia

A policia de São Paulo  registrou em 2019 , uma media de um estupro e/ou uma tentativa de estupro por dia nos espaços escolares públicos e privados — incluindo berçários.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, de janeiro até outubro de 2019 há registros de 307 ocorrências do gênero.

A maioria dos casos envolve crianças de 0 a 11 anos como vítimas: 191 deles.

Na faixa etária entre 12 e 17 anos, foram 77….

 

https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/02/05/sao-paulo-registra-em-media-um-caso-de-estupro-dentro-de-escolas-por-dia.htm?cmpid=