As Fronteiras: Retomando a palavra e libertando significados

QUEM SOU EU? AS MULHERES E AS IDENTIDADES REDESCOBERTAS

A  partir  de  uma  dimensão  da cultura, a palavra fronteira desvencilha-se da ideia  de  limite  territorial  definido,  a  priori, como  algo  fixo  para  o  delineamento  de limites.  Liberada  desse  comprometimento, ela  pode  ser  pensada  em  outras  dimensões: como  momentos  de  transição  de  identidades vivenciados  pelos  indivíduos,  no  caso  as mulheres,  frente  às  normas  estabelecidas.

Questionando  o  discurso  determinante  e conectadas  a  processos  de  mudanças,  elas saíram  das  margens  em  que  viviam  e buscaram  reconhecimento  de  si,  fizeram novas  escolhas  identitárias  e  assumiram outras  possibilidades  de  ser,  de  inserção social, associadas à garantia de seus direitos. Reconhecendo  a  existência  desse movimento,  proponho  um  olhar  fronteiriço sobre a inserção de mulheres  na condição de viuvez,  de  modo  a  observar  as  múltiplas identidades  femininas  em  seus protagonismos.

A presente  reflexão pretende levar  em  consideração  os  esgarçamentos sociais  para  além  dos  limites  e  sentidos impostos  –  no  caso,  a  viuvez  –,  dilatar  as fronteiras  de  seus  significados  e  pensar  na possibilidade  de  sujeitos  híbridos, diferenciados,  sendo,  portanto,  móveis  e  se deslocando  a  todo  momento  em  uma performance contínua de atuação, como bem têm demonstrado os estudos contemporâneos sobre  as  relações  de  gênero  que  levam  em consideração as distinções de raça, de classe, de etnia e, principalmente, de gerações.

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GT de Gênero ANPUH 2011

Por Lídia V. Possas

Assumimos , eu a Cristina  Wolff/UFSC,   a Coordenação  Nacional do GT para a  Gestão do GT 2011/2013. Sabemos ser um desafio mais um prazer dar continuidade as suas  atividades que vem desde o trabalho de nossas coordenadoras anteriores: Rachel Soihet e Joana Pedro  ganhando visibilidade acadêmica e garantindo espaços concretos de atuação  como o Ensino, a Pesquisa e a Extensão .

E uma de nossa metas é  dar prosseguimento a tarefa de ampliar a nossa “ rede com a  instalação de GTs nas sedes regionais da ANPÙH. A Joana Pedro  já nos deixou essa tarefa….

Agradecemos a confiança de tod@s  e vamos  prosseguir motivados por novas idéias  que deverão ser traduzidos em projetos inovadores que foram apresentados  na plenária da reunião  .

10ª Reunião Administrativa do GT Gênero ocorreu na 5ª feira, dia 21/07 com uma presença significativa de colegas de várias regiões do país   que se encontravam  no Simpósio.

Houve a ativa participação de tod@s e dentre outros assuntos da Pauta ( enviaremos a Ata em breve) fizemos uma avaliação  da “forma atípica ”   de  inserção do GT no XXVI ANPUH.

Além da Conferencia da Joana Pedro, que foi excelente do ponto de vista de resgatar  a trajetória histórica do GT (  10 Anos de GT 2001-2011)  e principalmente teórica  sobre os usos das categorias que antecederam ao Gênero, que  se revigora como   uma “ questão” e de uma  amplitude abarcando  outras temáticas e perspectivas de análise. O campo cresceu e se complexificou…

Também a Mesa  Redonda apontando uma balanço historiográfico da produção brasielrira ( Rachel Soihet , a “ presentificação da ausência” ,  com um relato de suas experiências;  Suely Gomes que nos trouxe uma reflexão sobre  Por que  Gênero? Através de um  interessante comparação com o campo na França ; e Margareth Rago com a potencialidade de suas pesquisas e de  seu Grupo.)

A grande questão foi analisar os resultados da ausência  de um ST especifico do GT;  foram levantados  alguns pontos relevantes a serem ressaltados: a nossa circulação em outros GTs  foi altamente positiva permitindo diálogos ,  trocas de experiências e uma boa receptividade embora foi também observado que para outros essa inserção deixou a desejar diante do “ estranhamento” que a categoria  ainda possui.