Teoria KING KONG: uma reflexão critica sobre Sexo e Violência da autora Virginie DESPENTES

Uma leitura necessária para entender os obstáculos  que se colocam para captar os comportamentos machistas e misógino dos homens  através da violência imposta ao corpo feminino. O sexo  é constantemente silenciado e sendo visto como “demonizado social ” persegue os comportamentos que fogem as regras  ditadas . Ao fazer referência ao filme KING KONG, elabora uma teoria onde a figura do gorila é a masculina , um ser indomável, indomesticável.  O herói, o protagonista salvador  que vem para ira salvar a mocinha é um exemplo da heterossexualidade. Ele também tem o desejo de controlar aquele  animal para expô-lo em  publico(exposições) , como era praxe na época.Para a autora ” ação do herói é de uma sexualidade polimorfa, mas de domesticação,  controle e ser possível manter na clandestinidade.

Grau Zero – Revista  de Critica Cultural, v.6, n.2, 2018, p,145 -m 153, tem uma excelente Resenha  da Teoria KING KONG elaborada  por Juliana Aparecida dos Santos Miranda /UFBA

Ideologia de Gênero, fundamentalismo religioso e campanha eleitoral (2017-2018) na Costa Rica

Gabriela Arguedas-Ramírez , professora da Escola de Psicologia da  Universidade da  Costa Rica (UCR) e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisa da Mulheres (  CIEM ) divulgou uma parte de um Projeto de Pesquisa Regional sobre políticas antidireitivas e de gênero na América Latina, liderado pela Sexuality Policy Watch, abordando as questões do  : Neoliberalismo, ansiedade e ideologia de gênero;  Tradição católica, a defesa da família e a ameaça da “ideologia de gênero; Medo em relação à “ideologia de gênero” permanece latente.

O presente post  esta no blog  e mostra as conclusões preliminares para o caso da Costa Rica.

Gender Ideology, religious fundamentalism and the electoral campaign (2017-2018) in Costa Rica

Nova lei de Proteção das mulheres contra a importunação sexual, estupro e…

A nova Lei  altera o Código Penal  ampliando o rigor  diante de crimes como  a importunação sexual , do  estupro coletivo (  homens que se masturbarem ou ejacularem em mulheres em locais públicos)  e  casos de divulgação de imagens de sexo sem consentimento . Embora haja divergentes quanto a  uma ação pública incondicionada, isto sem o “ aval da vitima” , uma vez o processo será conduzido retirando  das mulheres a autonomia de conduzir , decidir  a investigação, para outros agentes  e delegadas trata-se de um  avanço  porque agora os crimes serão investigados  com escuta especializada, que aplicara a pena instituída.Em 2017 foram registrados no país 61 mil estupros, fazendo crescer em 68% a taxa desde 2009. Pesquisa “ A Vitimização de Mulheres no Brasil/ Data Folha e Fórum Brasileiro de Segurança Pública ( 2017-2018)

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/10/vitima-pode-ficar-mais-exposta-com-nova-lei-de-protecao-as-mulheres.shtml

 

 

Pontos de Vista : a arte de Bernard Pras (1952) e a possibilidades dos” olhares

Bernard Pras  , artista francês tornou-se o ” gênio” da  montagem e da  técnica da anamorfose. Utilizando sucatas, materiais variados  consegue criar uma ilusão de ótica , uma projeção distorcida, que ai ser observada  a partir de ângulos de visão de  nos mostra  perspectivas  diversas e possibilidades interpretativas.

Sua técnica pode ser relacionada ao campo das ciências humanas que nos leva a  ” olhar”  a realidade  a partir de distintas perspectivas e  nos faz refletir sobre a a existência das multiplicidades de culturas, pessoas  na sociedade e a polifonia que existe.

https://zupi.co/bernard-pras-ponto-de-vista/

Bernard Pras Imagens

Programa de Pós Graduação – Mestrado Profissionalizante em Sociologia /ProfSocio UNESP

Dando sequencia a Programação Semestral do ProfSocio/UNESP, campus de Marília  os professores : Lidia Possas e Daniel Lopes  estão oferecendo  a Disciplina Teoria das Ciências Sociais 2  –  29/09, 20/10 e 24/11 e 1/129 das 8:00hs-17:00hs)

A temática proposta: [metaslider id=442]

  1. Natureza e Cultura
  2. Indivíduo e Sociedade
  3. Etnocentrismo
  4. Identidade
  5. Juventudes

Na 1ª aula( 20/09) tratamos da introdução do debate: Natureza e Cultura , com os seguintes autores:

  • ACHARYA, A. e BUZAN, B. Why is there no non-Western international relations theory? An introduction. 2007
  • BAUMAN, Z. Ensaios sobre o conceito de cultura. Rio de Janeiro: Zahar, 2012
  • Resenha OPSIS, Catalão-GO, v. 14, n. 2, p. 425-429 – jul./dez. 2014
  • BOURDIEU,, Pierre. O campo científico. In: Bourdieu P. Sociologia, Organizador: Renato Ortiz, Coordenador: Florestan Fernandes, 1994.
  • BIDASECA, K. Fracturas de la modernidad: fugas identitárias y transficuraciones culturales. CLACSO, Bogotá, 2013.
  • ______ OBARRIO e SIERRA( comp) Legaqdos, genealogas y memorias porcoloniais: escritos fronterizos desde del Sur. Ed Godot, 2013
  • GARCÉS, M., Nueva ilustración radical, Barcelona, Anagrama, 2017
  • CUNHA, Manuela Carneiro da. Etnicidade: da cultura residual mas irredutível. In: Cultura com Aspas e outros ensaios / Manuela Carneiro da Cunha. São Paulo: Cosac & Naify. 2014, p. 235- 258. https://fredericomb.files.wordpress.com/2017/03/cunha-manuela-carneiro-cultura-e-cultura-cultura-com-aspas.pdf
  • LARAIA, Roque de B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
  • Melucci, Alberto (2001): A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas.Rio de Janeiro: Vozes.
  • — (1997): Juventude, tempo e movimentos sociais.Revista Brasileira de EducaçãoN°5-6. São Paulo: anped.
  • MIÑOSO, Yuderkys. Espinosa; et. al. Tejiendo de otro modo: Feminismo, epistemología y apuestas descoloniales em

Encontro Internacional ENGÊNERO III. Saber, Violência, Ação: a universidade reforçando ou descontruíndo (pré)conceitos?

O Laboratório  de Estudos   de Gênero,Poder  e Violência /LEG/UFES realizará no período  06 a 08 de novembro  de 2018  o Encontro Internacional ENGÊNERO III. Saber, Violência, Ação: a universidade reforçando ou descontruíndo (pré)conceitos? 

O evento possui  uma programação diversa com  a discussão sobre os debates e políticas de gênero nos currículos e na vivência acadêmica das universidades brasileiras e estrangeiras.

Incêndio do Museu Nacional( 1818) : lamentável perda patrimonial e documental

Não temos palavras para exprimir o sentimento de perda  do incêndio que provocou a destruição do Museu Nacional  da Quinta da Boa Vista, patrimônio do país  e sendo uma das mais antigas  instituições, fundada por Dom João VI em 1818 e que foi também  residencia de D. Pedro I (1824 -1831). Recentemente , recebeu homenagens pelos seus  200 anos de existência.

Seu acervo era de mais de 20 milhões de peças sendo  referência para pesquisas cientificas em vários  campos do conhecimento. .

A documentação pessoal e profissional de Bertha Lutz ( 1894 – 1976)  estava nos  arquivos documentais do Museu .

Ela  inciou sua carreira como bióloga.Foi  uma das responsáveis pela criação das  bases do  feminismo no Brasil; teve relevante  protagonismo em varias esferas de atuação: representou o pais na Assembleia Geral da Liga das Mulheres  Eleitoras/EUA;  foi  advogada, formada em 1933  e elegeu-se deputada federal em 1936. Participou da delegação brasileira na Conferencia do Ano Internacional da Mulher, no México, em 1975).

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2018/09/03/diretor-do-museu-nacional-evita-estimar-perdas-apos-incendio.htm?cmpid=copiaecola

Dia Internacional da Igualdade Feminina – 26 de agosto. A luta prossegue!!!!

 

A comemoração  está  investida de um simbolismo  para todas as mulheres e se torna uma reflexão  necessária a cada ano  diante das lutas das mulheres no espaço publico;  dos direitos e garantias constitucionais  que devem ser respeitados  e  reforçados  a cada dia através de praticas  de equidade entre mulheres e homens.

Foi com a   Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de  26/08/1789, em pleno processo da Revolução Francesca ( 1789 – 1799) abriu espaço para falar e  garantir a cidadania, porém a identificação era abrangente : Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.

Em 1791, Olympe de Couges , na  França  observou a discriminação das mulheres e propôs com  apoio  dos Comitês  femininos a Declaração dos Direitos  da  Mulher e da Cidadã. Art.1º  A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do homem. As distinções sociais só podem ser baseadas no interesse comum.( foi  guilhotinada em 1793,  condenada  e denunciada como contra revolucionaria e uma mulher desnaturada”“.

Após a 2ª Grande Guerra ( 1939-1945)  a  Organização das Nações Unidas e a Organização do Tratado do Atlântico Norte, instituiu-se  a Declaração Universal dos Direitos Humanos/DUDH  em 10/12/1948 que positivou valores e princípios
universais para a  humanidade,   principalmente a ” igualdades entre homens e mulheres”  . Art. 1º. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. Art.2º Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

A partir desse momento – no dia 26/08 – celebramos  as conquistas das mulheres na sociedade em um longo processo histórico a para a  luta por condições de igualdade entre gêneros.

O Dia Internacional da Igualdade Feminina é uma data de reflexão sobre as transformações que ainda estão em pauta  para a plena igualdade entre homens e mulheres

Leituras:  ” Geledés” – ” …até 1934, mulheres casadas só podiam trabalhar com autorização dos maridos? Listamos essa e outras conquistas do movimento feminista!”  https://www.geledes.org.br/dia-da-igualdade-feminina-8-direitos-conquistados-ao-longo-dos-anos-no-brasil/

 

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Denuncias de assedio sexual na China: o controle das autoridades chinesas da internet

A censura das plataformas digitais na China  como o hastag “#MiTu”, tem levado os grupo de feministas buscar alternativas  de divulgação das denúncias e relatos  sobre abusos sexuais de abades, jornalistas e membros do governo. O incentivo para que as vitimas relatassem suas  historias  não conseguiram ficar postadas .. Driblar a censura tem sido as estratégias  de enfrentamento , sem desistir das lutas que estão em processo.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/08/chinesas-contornam-censura-com-mitu.shtml

Os impedimentos de acesso de mulheres na carreira cientifica

O acesso das mulheres no espaço acadêmico e na produção cientifica possui um processo histórico de longa duração . As lutas para se tornarem intelectuais, artistas não algo permitido para as moças consideradas “de família” e preparadas para o casamento.Somente as cortesãs  na Grécia, participavam dos “ baquetes” e as que viveram nas cidades italianas:  eram as únicas a ter acesso à educação e podiam adquirir  propriedades.

Mesmo reconhecendo os avanços a situação no mundo contemporâneo ainda é adversa. Em 2016, na USP uma pesquisa demostrou a sub representação feminina em áreas da Computação:  15% estavam na ciência de Computação, 10% no Sistema de  Informação e 6% na Engenharia . As razões para isso são  de vários níveis , no entanto observamos  que há a permanência dos papeis de gênero que interferem diretamente na situação de acesso e de inclusão das mulheres em áreas  tecnológicas e aquelas consideradas hard”.

https://economia.estadao.com.br/blogs/ecoando/mulheres-ciencia-tecnologia-inclusao/

Em Programa produzido pela FAPESP em parceria com a Folha/SP mostrou as dificuldades  de muitas mulheres para conciliar a Maternidade, Família e a Vida Cientifica. Ainda há um longo  caminho. a percorrer e lutar.

https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2018/08/assegurar-inclusao-de-mulheres-melhora-a-qualidade-da-ciencia.shtml

 

 

 

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