Primeiro encontro da Atividade de Extensão Troca de Saberes e Vivências: “Violência de Gênero nas Universidades brasileiras e latino-americanas”

As atividades do segundo semestre de 2022 do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero começaram! A nossa ação de extensão Troca de Saberes e Vivências: “Violência de Gênero nas Universidades brasileiras e latino-americanas” teve seu primeiro encontro no dia 01 de setembro, com a exposição da coordenadora do LIEG e professora Lídia Maria Vianna Possas.

Nesse semestre, trabalharemos com textos da coletânea Panoramas da violência contra mulheres nas universidades brasileiras e latino-americanas, organizada por Tânia Mara Campos de Almeida e Valeska Zanello. A exposição da Lídia apresentou os pontos principais do artigo VIOLÊNCIA DE GÊNERO NAS UNIVERSIDADES: um panorama internacional do problema. Assim como trabalhos e pesquisas do LIEG têm feito, o texto buscou explorar o tema da violência de gênero nas universidades em uma abordagem internacional com base em pesquisas bibliográficas e documentais. Elaborou-se a hipótese de que a temática é questão fundamental no contexto da globalização contemporânea, apesar das disparidades socioeconômicas de cada país, ela revela a dinâmica de dominação e opressão na estrutura das relações de gênero nos espaços de ensino superior.  

O texto é dividido em três seções, que abordam: características particulares da violência contra mulheres; análise de dados sobre a violência; tendências da violência contra as mulheres na pauta da sociedade global. A relevância de trazer essas discussões, como porta de entrada para leitura da coletânea, reside no fato de que consegue sinalizar e demonstrar que o problema da violência na universidade – que afeta toda comunidade acadêmica – é global.  Dessa maneira, surge a necessidade de compreender esse fenômeno em escalas maiores para que, assim, seja possível dialogar com as formas de sua manifestação.

Por fim, as autoras Melina Lima e Eleonora Ceia concluem que o cenário, em todas as universidades as quais apresentam casos de violência contra mulheres, demonstra: o baixo índice de denúncias; o fenômeno recorrente da revitimização pelas instituições; preconceito machista e o estigma social sofridos; sentimento comum de responsabilização pela violência sofrida e o medo que mulheres sentem de terem suas carreiras prejudicadas. Portanto, o ambiente hostil e violento, já comprovado, analisado e observado em milhares de universidades ao redor do globo, continua a posicionar as mulheres como a maioria das vítimas das situações de violência de gênero nessas instituições.

Ao lado esquerdo: cartaz de divulgação da atividade. Ao direito: Profa. Lídia Possas