Fórum Permanente sobre Diversidade, Equidade e Direitos Humanos na Universidade

Universidade e os novos desafios: Violência e Assédio

No próximo dia 20/10, às 17h, a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” promoverá o Fórum Permanente sobre Diversidade, Equidade e Direitos Humanos na Universidade com as professoras Emilia Barbosa, Hillary Hiner, Lídia Maria Vianna Possas e Sandramara Matias Chaves.

O fórum será transmitido ao vivo pelo canal oficial da UNESP e tem como objetivo dar visibilidade aos novos desafios enfrentados pelas universidades, especificamente com relação às práticas de violência e assédio. O LIEG convida a todos, todas e todes a mandarem suas perguntas pelo chat e participarem do evento.

Centenário do educador Paulo Freire

Paulo Freire (1921-1997) nasceu em Pernambuco, na cidade de Recife, e deu início à sua vida enquanto professor de língua portuguesa no Colégio Oswaldo Cruz. Em 1943 ingressou na Faculdade de Direito do Recife e, depois de formado, continuou atuando como educador de português no mesmo colégio e de filosofia da educação na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco. Seu primeiro projeto usando o Método de Alfabetização Paulo Freire ocorreu em 1962 na cidade de Angicos no sertão do Rio Grande do Norte, quando 300 trabalhadores da agricultura foram alfabetizados. O projeto ficou conhecido como “Quarenta horas de Angicos”.

Durante a época da ditadura militar de 1964-1985 aqui no Brasil, Freire ficou exilado por 5 anos no Chile, onde desenvolveu trabalhos em programas de educação de adultos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária. Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard e por 10 anos foi consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Municipal das Igrejas em Genebra, na Suíça. O educador viajou por vários países atuando enquanto consultor educacional. No retorno ao Brasil foi professor da UNICAMP e da PUC. Atuou como Secretário de Educação da prefeitura de São Paulo na gestão de Luísa Erundina em 1989.

No dia 19 de setembro desse ano o educador completaria 100 anos de vida e, como uma das comemorações e homenagens à sua figura, nossas atividades de extensão da Roda de Conversa estão sendo elaboradas a partir de práticas pedagógicas-metodológicas freirianas. Paulo Freire dedicou grande parte de sua vida à alfabetização e à educação da população mais vulnerável. Hoje, sua biografia, obras e feitos são devidamente reconhecidos mundialmente e nacionalmente, apesar dos ataques que o patrono da educação brasileira vem sofrendo nos últimos anos.

A nossa proposta de Roda de Conversa estabelece uma relação direta com a pedagogia crítica e libertária de Paulo Freire, pois a produção de momentos singulares de partilha, do exercício da escuta e da fala representam uma experiência transformadora na vida dos/as participantes. Nossa prática dialógica, inspirada em Freire, consegue realizar um intercâmbio de ideias mais democrático e participativo. A tentativa de não eleger um único porta-voz do saber ou uma hierarquia de saberes nos nossos encontros têm possibilitado mudanças na forma como nos relacionamos com os espaços da universidade, apesar do formato online das atividades. Portanto, nas reuniões do LIEG e da Roda de Conversa temos construído em conjunto novos olhares, sentidos e discursos diante o mundo e nossa realidade.

Indicação de leitura das obras de Paulo Freire, que têm inspirado nossa prática pedagógica-metodológica: Pedagogia do Oprimido (1968) e Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa (1996).

Referência utilizada para pesquisa sobre biografia de Paulo Freire: Disponível em: https://www.ebiografia.com/paulo_freire/. Acesso em: 29 set. 2021

Primeiros encontros da Roda de Conversa “As Epistemologias do sul e a Violência de Gênero: Queixas, Reclamações – uma Pedagogia Feminista?”

As atividades do segundo semestre de 2021 do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero já começaram! A nossa ação de extensão “As epistemologias do sul e a Violência de Gênero: Queixas, Reclamações – uma Pedagogia Feminista?” teve seu primeiro encontro no dia 02 de setembro com a exposição da Professora Lídia Possas, da UNESP-Marília, do texto Sex and Power in the University publicado na Annual Review os Critical Psychology em 2018. As autoras do texto fazem parte de um grupo de feministas indianas e, nesse texto, situam a violência de gênero nas universidades como um problema que está sendo vivido e combatido de forma global. A professora Lídia fez uma apresentação de slides com os principais pontos abordados pelas autoras e, logo em seguida, realizamos nossa roda de conversa aberta, surgiram dúvidas, queixas e depoimentos que possibilitaram o aprofundamento sensível e teórico do tema.

O segundo encontro ocorreu no dia 16 de setembro com a exposição do Professor Wlaumir Doniseti de Souza, sociólogo e antigo membro da Academia de Letras de Ribeirão Preto, de seu próprio capítulo intitulado Patriarcado, Patriarcalismo e Neopatriarcalismo: por um debate terminológico de uma longa história do livro Cultura e Diversidade na resistência ao retrocesso (2021). O professor apresentou uma síntese com os principais pontos do texto e, logo em seguida, abriu o debate para nossa roda de conversa. Os conceitos trazidos pelo professor são trans-históricos, ou seja, são formas estruturais de dominação, controle e exploração de gênero que assumem novas roupagens ao longo da história para estabelecerem sua hegemonia. A discussão posterior à apresentação proporcionou um aprofundamento de diversas questões e dos respectivos conceitos (suas formulações, influências, inspirações teóricas, metodológicas e etc.).

Nossas atividades seguirão até novembro desse ano e continuaremos atualizando nosso site sobre cada encontro. Acompanhe nosso trabalho nas redes sociais: Instagram (@culturaegenero.lieg), Facebook (Cultura e Gênero) e Twitter (@liegunesp).

Inscrições abertas para a ação de extensão “As epistemologias do sul e a Violência de Gênero: Queixas, Reclamações – uma Pedagogia Feminista?”

O LIEG abre entre 30/08/2021 e 07/09/2021 inscrições para atividade de extensão Rodas de conversa: “As epistemologias do sul e a Violência de Gênero: Queixas, Reclamações – uma Pedagogia Feminista?”, com objetivo de criar um espaço de diálogo sobre novas reflexões teóricas e políticas de temas atuais.

A roda de conversa como instrumento metodológico abre espaço para que os sujeitos envolvidos na atividade estabeleçam espaços de diálogos e interações, ampliando suas percepções sobre si e sobre o outro, em um movimento de alteridade e compreensão sobre a voz do outro em seu contínuo espaço de tempo.

“Conversar é potência, uma maneira especial de se relacionar com o outro, uma vez que compreende o estar e o pensar juntos, a troca, a polifonia, sem que isso signifique o apagamento da autoria de fala e pensamento de cada sujeito”


Estudos com os cotidianos e as rodas de conversação: pesquisa político-poética em educação. REIS, GONÇALVES, RIBEIRO e RODRIGUES. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 25, n. 3, p. 68-87, Set./Dez. 2017.

As atividades terão início em 02/09/2021 e vão até 18/11/2021, sempre às quintas-feiras, às 14h30. As inscrições podem ser feitas no link: https://forms.gle/KmpCo9Uyt51JqAoK8

Abaixo o programa completo:

Dia Internacional da Igualdade da Mulher – 26 de agosto

GT Gênero ANPUH Nacional – Quinta feira, 26 de agosto, das 17h00 às 19h00, no Canal do YouTube da ANPUH

Participantes:

Andréa Bandeira Silva de Farias (Universidade de Pernambuco)
Hildete Pereira de Melo (Universidade Federal Fluminense)
Lídia Maria Vianna Possas (Universidade Estadual de São Paulo)
Marina Vieira de Carvalho (Universidade Federal do Acre)
Lana Lage da Gama Lima (Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (InEAC-UFF)
Kaoana Sopelsa (Universidade Federal da Grande Dourados)

Guia de Prevenção ao Assédio

O projeto Educando para a Diversidade, uma iniciativa da UNESP em parceria com o Santander, elaborou o Guia de Prevenção de Assédio, uma cartilha cujo objetivo é orientar a comunidade acadêmica quanto à identificação de diferentes formas de assédio, como agir ao presenciar um assédio (como vítima, testemunha ou conhecedor), quais as normativas da Unesp e leis e decretos que tratam do assunto. A elaboração da cartilha foi coordenada por Daniela Cardozo Mourão, Fernanda Henriques, Lucia Pereira Leite, Lídia Maria Vianna Possas, Juarez Tadeu de Paula Xavier, Leonardo Lemos de Souza e Raul Aragão Martins, professoras e professores de diversos campi da UNESP.

 

https://www2.unesp.br/portal#!/noticia/35482/unesp-elabora-guia-para-prevencao-ao-assedio-na-universidade

Mais um encontro da ação de extensão Debates Contemporâneos na Era do #Hastag: gênero, colonialidade, diversidade e masculinidades

No dia 06 de maio, esta quinta-feira, acontece mais um encontro da atividade de extensão “Debates Contemporâneos na Era do #Hastag: gênero, colonialidade, diversidade e masculinidades”, uma organização IPPMar/UNESP, LIEG/UNESP, GT Gênero/ANPUH São Paulo e universidades convidadas.

O artigo a ser debatido é da Professora Claudia Maia, da Universidade Estadual Montes Claras/MG, intitulado: “Sobre o (des)valor da vida: feminicídio e biopolítica”.

Novo encontro da ação de extensão Debates Contemporâneos na Era do #Hastag: gênero, colonialidade, diversidade e masculinidades

No dia 29 de abril, esta quinta-feira, acontece mais um encontro da atividade de extensão “Debates Contemporâneos na Era do #Hastag: gênero, colonialidade, diversidade e masculinidades”, uma organização IPPMar/UNESP, LIEG/UNESP, GT Gênero/ANPUH São Paulo e universidades convidadas.

O artigo a ser debatido é da Professora Hillary C. Hiner da Escuela de Historia de la Universidad Diego Portales, no Chile, intitulado: “Tejiendo Resistencias: violencia contra mujeres y sujetos LGBTQIA+ en la Historia Reciente de Chile”.

Dia 19 de abril – Dia do Índio? Hoje não um dia de festejos , mas de consciência e de luta !!

O Calendário Nacional  Brasileiro celebra o Dia do Índio. 19 de abril , sempre  comemorada com narrativas perpassadas por uma visão heteronormativa onde os indígenas  como seres  abstratos sempre aparecerem  no cenário publico sem a discussão necessária sobre as suas vidas e na condição de sobreviventes em sua própria terra.  .

O Portal Catarinas traz  novas olhares  e novas vozes através da denuncia  de Amaue Jacintho, indígena  Guarani Nhandeva, do Paraná. As questões   de debates são primordiais  envolvendo território, corpo, saúde em um contexto  etnocida  onde  os Povos Indígenas em nosso país  estão imersos desde a colonização ao silencio de suas existências, ao desaparecimento intencional de suas culturas  e o assassinato de suas lideranças

Amaue Jacintho, 34 anos, é estudante de Ciência Sociais da Universidade Estadual de Londrina (UEL).. No   início da pandemia, em abril 2020,  ao vivenciar as violências e injustiças na Terra Indígena (TI) São Jerônimo, no Norte do Paraná, a indígena Guarani Nhandeva decidiu  utilizar suas redes sociais  para dar apoio  às mulheres vítimas de ameaças, xingamentos, espancamentos, entre outras violações.

As mulheres res indígenas e suas famílias tiveram suas casas incendiadas e foram expulsas da Terra Indígena por não aceitarem as opressões patriarcais, machistas e misóginas O conflito ocorreu na terra que é compartilhada dividida  por três povos: Guarani, Kaingang e Xetá.  Diante das violações ( casa invadidas e pertences roubados) prestaram queixa  na  Delegacia de Polícia para registrar um   o Boletim de Ocorrência, sendo informadxs pela policia que essa nãoi  poderia intervir. Por que? Alianças  associadas à  conivência politica dos poderes locais com os grandes empresários do agronegócio? 

O desmatamento aumenta substancialmente com a interferência do grande capital e do governo.  Trata-se de um crime ambiental que o Brasil vem sendo acusado por não cumprir  os protocolos assinados.

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/INPE  confirma  que desmatamento no pais  cresceu 9,5% entre agosto de 2019 e julho de 2020 quando comparado com a temporada anterior  e essa politica destrutiva tem interferido diretamente na vida das comunidades indígenas da região.

Ver  Portal Catarinas  – .Filhas da Terra: Amaue, a mulher indígena que vive refugiada durante a pandemia | Portal Catarinas   e https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/11/30/amazonia-teve-11-mil-km-de-desmatamento-entre-agosto-de-2019-e-julho-de-2020-aponta-inpe.ghtml

Série histórica com dados de desmatamento na Amazônia segundo o Prodes até 2019/2020. — Foto: Arte/G1

Novo encontro da ação de extensão Debates Contemporâneos na Era do #Hastag: gênero, colonialidade, diversidade e masculinidades

Amanhã, dia 15 de abril, acontece mais um encontro dos participantes da ação de extensão “Debates Contemporâneos na Era do #Hastag: gênero, colonialidade, diversidade e masculinidades”, uma organização IPPMar/UNESP, LIEG/UNESP,GT Gênero/ANPUH São Paulo e universidades convidadas.
Os textos a serem debatidos são os capítulos 01 e 02 do livro “O calibã e a bruxa”, da filósofa italiana Silvia Federici, e serão apresentados pela Prof.ª Dra. Lidia M. V. Possas, da UNESP/Marília e coordenadora do LIEG e do GT Gênero ANPUH/SP, e pelo Prof. Dr. Paulo Eduardo Teixeira, também da UNESP/Marília e coordenador do IPPMar.