Na última semana, entre os dias 29/07 e 02/08, as pesquisadoras do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (LIEG) estiveram no Seminário Internacional “Fazendo Gênero 13 contra o fim do mundo: anti-colonialismo, anti-fascismo e justiça climática”, que neste ano completa 30 anos de encontros e trocas científicas, ativistas e artísticas, além de simbolizar a primeira experiência presencial após a pandemia de Covid-19.
O evento foi realizado no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e recebeu pessoas de todos os lugares e das mais diversas áreas com um objetivo em comum: o compromisso feminista com a justiça em seus vários aspectos afins à interdependência humana, animal e climática.
Nesta ocasião, a Dra. Lidia Maria Vianna Possas coordenou o Simpósio Temático intitulado “Em torno do assédio: Violência de gênero e a luta por direitos”, que reuniu trabalhos acerca do complexo categorial que trata de tais violências, seja nas universidades ou em outros ambientes de pesquisa e de trabalho.
Para tanto, o ST constituiu-se como um ambiente de diálogo de saberes, contando com pesquisadoras de diversas áreas, que trouxeram discussões como: a judicialização das relações no ambiente universitário, mecanismos institucionais para o enfrentamento das violências de gênero nas universidades brasileiras, assédio sexual em ambientes acadêmicos, violência sexual na educação física escolar, dentre outros.
Ademais, uma das pesquisadoras do LIEG, Juliana Adono, também esteve presente no Simpósio Temático intitulado “Tecer coletividades: feminismos e comunidades literárias”, coordenado pelas professoras Lua Gill da Cruz (PUC-Rio), Luciéle Bernardi de Souza (UFSC) e Virgínea Novack Santos da Rocha (PUCRS).
O referido ST teve como intuito refletir como as questões de gênero perpassam os processos coletivos do fazer artístico e literário. Para tanto, reuniu trabalhos acadêmicos, intervenções e relatos de experiência no campo das artes e da literatura que problematizam o lugar e o papel das coletividades, tanto no âmbito da criação conjunta, quanto da circulação em comunidades.
Na oportunidade, a pesquisadora Juliana Adono apresentou elementos de sua pesquisa, desenvolvida no âmbito do LIEG e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP de Marília/SP. A apresentação consistiu em abordar os feminismos decoloniais e as subjetividades resistentes no Poetry Slam.
Além disso, as pesquisadoras também estiveram nas demais atividades, dentre elas na Marcha Contra o Fim do Mundo, que ocorreu no dia 31 de julho no Centro de Florianópolis-SC. A Marcha Contra o Fim do Mundo é um movimento feminista, anticapitalista e antirracista que acontece tradicionalmente durante o Seminário Internacional Fazendo Gênero.
Abaixo, algumas fotos do evento:
Texto por Juliana Adono da Silva. Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (PPGCS/UNESP). Integra o Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (LIEG/UNESP). Atualmente, se dedica aos estudos de gênero, na linha de pesquisa Cultura, Memória e Identidade.