Ideologia de Gênero, fundamentalismo religioso e campanha eleitoral (2017-2018) na Costa Rica

Gabriela Arguedas-Ramírez , professora da Escola de Psicologia da  Universidade da  Costa Rica (UCR) e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisa da Mulheres (  CIEM ) divulgou uma parte de um Projeto de Pesquisa Regional sobre políticas antidireitivas e de gênero na América Latina, liderado pela Sexuality Policy Watch, abordando as questões do  : Neoliberalismo, ansiedade e ideologia de gênero;  Tradição católica, a defesa da família e a ameaça da “ideologia de gênero; Medo em relação à “ideologia de gênero” permanece latente.

O presente post  esta no blog  e mostra as conclusões preliminares para o caso da Costa Rica.

Gender Ideology, religious fundamentalism and the electoral campaign (2017-2018) in Costa Rica

“Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza…” Escadaria da Unesp de Botucatu é alvo de repressão (26/10)!!!

O coletivo genis, em sua página do facebook, soltou uma nota de repúdio ao ocorrido com a Escadaria da Unesp de Botucatu. Pintada em 2013 por estudantes e integrantes do coletivo feminista Genis, contra casos de assédio, violências e trote machista, a escadaria se tornou simbolo da luta feminista dentro da Universidade! E  HOJE (26/10/2018) amanheceu pintada de cinza! CENSURADA!

Estamos vivendo tempos obscuros e de inúmeros ataques à democracia! Por isso começamos nosso post fazendo menção à musica “Gentileza” de Marisa Monte.

Nós do grupo Cultura e Gênero e LIEG da Unesp de Marília, apoiamos o Coletivo Genis e declaramos repúdio a qualquer manifestação de violência e censura a liberdade de expressão!

E enquanto mulheres pesquisadoras lutamos pelo direito de se posicionar e contra o silenciamento das existências de mulheres e lgbtqia+!

#ELENÃO !

Reproduziremos a carta aqui, na íntegra:

“[CARTA DE REPÚDIO]

Hoje, 26/10, nos deparamos com a violência no campus da Unesp de Botucatu: nossa escada, recentemente repintada pelas mulheres do Coletivo Feminista Genis, foi alvo de REPRESSÃO nesta manhã!

Agentes desconhecidos passaram tinta CINZA por TODA a escadaria, dizendo que houve “DENÚNCIA DE CRIME ELEITORAL”. Estamos apurando de onde veio a ordem para podermos tomar provisões. Minhas caras e meus caros, isso chama-se DITADURA!

Como podem ver na foto da escada anterior, os únicos dizeres de cunho político eram “#ELENÃO” e “DEMOCRACIA”. Somos um coletivo, lutamos contra o fascismo e contra qualquer candidato machista, homofóbico e racista. Temos o DIREITO E O DEVER de nos expressarmos, isso chama-se LIBERDADE DE EXPRESSÃO, a qual nos foi tirada essa manhã! Além do mais, temos autorização da diretoria do câmpus para pintarmos a escada.

MAIS UMA UNIVERSIDADE SENDO ALVO DE REPRESSÃO!
Unesp Botucatu não se calará!
Coletivo Feminista Genis NÃO SE CALARÁ!
#ELENÃO DEMOCRACIA SIM! ABAIXO A DITADURA!”

https://www.facebook.com/coletivogenis/

Abaixo fotos da Escadaria:

          

 

 

Nova lei de Proteção das mulheres contra a importunação sexual, estupro e…

A nova Lei  altera o Código Penal  ampliando o rigor  diante de crimes como  a importunação sexual , do  estupro coletivo (  homens que se masturbarem ou ejacularem em mulheres em locais públicos)  e  casos de divulgação de imagens de sexo sem consentimento . Embora haja divergentes quanto a  uma ação pública incondicionada, isto sem o “ aval da vitima” , uma vez o processo será conduzido retirando  das mulheres a autonomia de conduzir , decidir  a investigação, para outros agentes  e delegadas trata-se de um  avanço  porque agora os crimes serão investigados  com escuta especializada, que aplicara a pena instituída.Em 2017 foram registrados no país 61 mil estupros, fazendo crescer em 68% a taxa desde 2009. Pesquisa “ A Vitimização de Mulheres no Brasil/ Data Folha e Fórum Brasileiro de Segurança Pública ( 2017-2018)

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/10/vitima-pode-ficar-mais-exposta-com-nova-lei-de-protecao-as-mulheres.shtml

 

 

Mais um evento realizado com sucesso!! Workshop sobre Violência de gênero nas universidades!!!

É com grande satisfação que nós do LIEG e Cultura e Gênero agradecemos a presença de todxs na realização do nosso Workshop na FFC/Marília!!

Foram dois dias (9 e 10 de outubro) de muita troca de conhecimentos e experiências!

No primeiro contamos com as falas da Profª e coordenadora do Cultura e Gênero, Lidia Possas, das Doutorandas em Ciências Sociais,  Camila Rodrigues  e Inês Godinho, especialistas em Violência de Gênero. Realizamos a atividade com discussão sobre o poder do simbólico e representações imagéticas!

No segundo dia contamos com a apresentação das graduandas e pesquisadoras PIBIC sobre Violência de Gênero nas Universidades, Stephanie Gaspar e Dafnes Moneim. Discutimos sobre os trotes machistas e as redes sociais e o ciberfeminismo!

Realizamos atividade de relatos e experiências escritos para a construção do nosso MAPA DA UNESP.

Novamente, esperamos que todxs tenham tido um proveitoso workshop!!!

 

                                 

                                                                                                        

                                             

Pontos de Vista : a arte de Bernard Pras (1952) e a possibilidades dos” olhares

Bernard Pras  , artista francês tornou-se o ” gênio” da  montagem e da  técnica da anamorfose. Utilizando sucatas, materiais variados  consegue criar uma ilusão de ótica , uma projeção distorcida, que ai ser observada  a partir de ângulos de visão de  nos mostra  perspectivas  diversas e possibilidades interpretativas.

Sua técnica pode ser relacionada ao campo das ciências humanas que nos leva a  ” olhar”  a realidade  a partir de distintas perspectivas e  nos faz refletir sobre a a existência das multiplicidades de culturas, pessoas  na sociedade e a polifonia que existe.

https://zupi.co/bernard-pras-ponto-de-vista/

Bernard Pras Imagens

Programa de Pós Graduação – Mestrado Profissionalizante em Sociologia /ProfSocio UNESP

Dando sequencia a Programação Semestral do ProfSocio/UNESP, campus de Marília  os professores : Lidia Possas e Daniel Lopes  estão oferecendo  a Disciplina Teoria das Ciências Sociais 2  –  29/09, 20/10 e 24/11 e 1/129 das 8:00hs-17:00hs)

A temática proposta: [metaslider id=442]

  1. Natureza e Cultura
  2. Indivíduo e Sociedade
  3. Etnocentrismo
  4. Identidade
  5. Juventudes

Na 1ª aula( 20/09) tratamos da introdução do debate: Natureza e Cultura , com os seguintes autores:

  • ACHARYA, A. e BUZAN, B. Why is there no non-Western international relations theory? An introduction. 2007
  • BAUMAN, Z. Ensaios sobre o conceito de cultura. Rio de Janeiro: Zahar, 2012
  • Resenha OPSIS, Catalão-GO, v. 14, n. 2, p. 425-429 – jul./dez. 2014
  • BOURDIEU,, Pierre. O campo científico. In: Bourdieu P. Sociologia, Organizador: Renato Ortiz, Coordenador: Florestan Fernandes, 1994.
  • BIDASECA, K. Fracturas de la modernidad: fugas identitárias y transficuraciones culturales. CLACSO, Bogotá, 2013.
  • ______ OBARRIO e SIERRA( comp) Legaqdos, genealogas y memorias porcoloniais: escritos fronterizos desde del Sur. Ed Godot, 2013
  • GARCÉS, M., Nueva ilustración radical, Barcelona, Anagrama, 2017
  • CUNHA, Manuela Carneiro da. Etnicidade: da cultura residual mas irredutível. In: Cultura com Aspas e outros ensaios / Manuela Carneiro da Cunha. São Paulo: Cosac & Naify. 2014, p. 235- 258. https://fredericomb.files.wordpress.com/2017/03/cunha-manuela-carneiro-cultura-e-cultura-cultura-com-aspas.pdf
  • LARAIA, Roque de B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
  • Melucci, Alberto (2001): A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas.Rio de Janeiro: Vozes.
  • — (1997): Juventude, tempo e movimentos sociais.Revista Brasileira de EducaçãoN°5-6. São Paulo: anped.
  • MIÑOSO, Yuderkys. Espinosa; et. al. Tejiendo de otro modo: Feminismo, epistemología y apuestas descoloniales em

Encontro Internacional ENGÊNERO III. Saber, Violência, Ação: a universidade reforçando ou descontruíndo (pré)conceitos?

O Laboratório  de Estudos   de Gênero,Poder  e Violência /LEG/UFES realizará no período  06 a 08 de novembro  de 2018  o Encontro Internacional ENGÊNERO III. Saber, Violência, Ação: a universidade reforçando ou descontruíndo (pré)conceitos? 

O evento possui  uma programação diversa com  a discussão sobre os debates e políticas de gênero nos currículos e na vivência acadêmica das universidades brasileiras e estrangeiras.

Incêndio do Museu Nacional( 1818) : lamentável perda patrimonial e documental

Não temos palavras para exprimir o sentimento de perda  do incêndio que provocou a destruição do Museu Nacional  da Quinta da Boa Vista, patrimônio do país  e sendo uma das mais antigas  instituições, fundada por Dom João VI em 1818 e que foi também  residencia de D. Pedro I (1824 -1831). Recentemente , recebeu homenagens pelos seus  200 anos de existência.

Seu acervo era de mais de 20 milhões de peças sendo  referência para pesquisas cientificas em vários  campos do conhecimento. .

A documentação pessoal e profissional de Bertha Lutz ( 1894 – 1976)  estava nos  arquivos documentais do Museu .

Ela  inciou sua carreira como bióloga.Foi  uma das responsáveis pela criação das  bases do  feminismo no Brasil; teve relevante  protagonismo em varias esferas de atuação: representou o pais na Assembleia Geral da Liga das Mulheres  Eleitoras/EUA;  foi  advogada, formada em 1933  e elegeu-se deputada federal em 1936. Participou da delegação brasileira na Conferencia do Ano Internacional da Mulher, no México, em 1975).

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2018/09/03/diretor-do-museu-nacional-evita-estimar-perdas-apos-incendio.htm?cmpid=copiaecola

Dia Internacional da Igualdade Feminina – 26 de agosto. A luta prossegue!!!!

 

A comemoração  está  investida de um simbolismo  para todas as mulheres e se torna uma reflexão  necessária a cada ano  diante das lutas das mulheres no espaço publico;  dos direitos e garantias constitucionais  que devem ser respeitados  e  reforçados  a cada dia através de praticas  de equidade entre mulheres e homens.

Foi com a   Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de  26/08/1789, em pleno processo da Revolução Francesca ( 1789 – 1799) abriu espaço para falar e  garantir a cidadania, porém a identificação era abrangente : Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.

Em 1791, Olympe de Couges , na  França  observou a discriminação das mulheres e propôs com  apoio  dos Comitês  femininos a Declaração dos Direitos  da  Mulher e da Cidadã. Art.1º  A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do homem. As distinções sociais só podem ser baseadas no interesse comum.( foi  guilhotinada em 1793,  condenada  e denunciada como contra revolucionaria e uma mulher desnaturada”“.

Após a 2ª Grande Guerra ( 1939-1945)  a  Organização das Nações Unidas e a Organização do Tratado do Atlântico Norte, instituiu-se  a Declaração Universal dos Direitos Humanos/DUDH  em 10/12/1948 que positivou valores e princípios
universais para a  humanidade,   principalmente a ” igualdades entre homens e mulheres”  . Art. 1º. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. Art.2º Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

A partir desse momento – no dia 26/08 – celebramos  as conquistas das mulheres na sociedade em um longo processo histórico a para a  luta por condições de igualdade entre gêneros.

O Dia Internacional da Igualdade Feminina é uma data de reflexão sobre as transformações que ainda estão em pauta  para a plena igualdade entre homens e mulheres

Leituras:  ” Geledés” – ” …até 1934, mulheres casadas só podiam trabalhar com autorização dos maridos? Listamos essa e outras conquistas do movimento feminista!”  https://www.geledes.org.br/dia-da-igualdade-feminina-8-direitos-conquistados-ao-longo-dos-anos-no-brasil/

 

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